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Dívida pública abaixo dos 230 mil milhões de euros

Depois de três meses seguidos de aumentos, a dívida pública voltou a descer em Outubro, regressando a níveis abaixo de 230 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Banco de Portugal.

Mario Proenca/Bloomberg
22 de Dezembro de 2015 às 12:50
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A dívida pública portuguesa desceu em Outubro para 229,27 mil milhões de euros em Outubro, o que representa uma queda de mais de 2 mil milhões de euros face ao mês anterior.

 

Os dados constam no Boletim Estatístico de Dezembro, divulgado esta terça-feira, que mostram que a dívida pública recuou após três meses consecutivos de aumentos. Em Junho a dívida pública na óptica de Maastricht situava-se em 227,23 mil milhões de euros e em Setembro já estava em 231,95 mil milhões de euros, o que representava o nível mais elevado desde Janeiro deste ano.

 

No conjunto do terceiro trimestre a dívida pública atingiu 130,6%, um agravamento de quase dois pontos percentuais face aos 128,7% do PIB registados no segundo trimestre.

 

Em Outubro foi efectuado um reembolso superior a 5 mil milhões de euros de obrigações do Tesouro, o que terá justificado o recuo da dívida pública nesse mês. A dívida pública expressa em títulos do tesouro baixou de 110,28 mil milhões de euros em Setembro para 107,6 mil milhões de euros em Outubro.

 

Apesar do aumento do montante bruto da dívida em Outubro, em termos líquidos a dívida pública aumentou para 213,5 mil milhões de euros, contra 212,1 mil milhões de euros no mês de Setembro.

 

Famílias portuguesas menos endividadas

 

No que diz respeito às empresas públicas, reduziram ligeiramente o seu endividamento em Outubro, totalizando 42,865 mil milhões de euros, uma queda de mais de 200 milhões de euros face ao mês anterior.

 

Já as empresas privadas aumentaram o endividamento, com a dívida a passar de 259,12 mil milhões de euros em Setembro para 259,98 mil milhões de euros em Outubro. Uma subida que ficou a dever-se sobretudo ao aumento do endividamento das médias e grandes empresas.

 

Já nas famílias portuguesas o endividamento voltou a descer, ainda que de forma ligeira, ao situar-se em 144,54 mil milhões de euros em Outubro (144,68 mil milhões de euros em Setembro).

 

Esta descida ficou a dever-se à redução dos montantes que os particulares têm em crédito à habitação (caiu mais de 100 milhões para 107,03 mil milhões de euros), já que os empréstimos para consumo e outros fins estabilizaram em 37,5 mil milhões de euros.  

 

Contas feitas, o endividamento total do sector não financeiro (público e privado), baixou para 696,2 mil milhões de euros em Outubro. No terceiro trimestre situava-se em 393% do PIB, já abaixo do registado no segundo trimestre (395,9% do PIB) e do registado no final de 2014 (acima de 400% do PIB).

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