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Dívida do Estado sobe 1,3 mil milhões em Julho
O endividamento do Estado atingiu os 290 mil milhões de euros em Julho, um aumento de 1,3 mil milhões face ao mês anterior. A dívida de famílias e empresas baixou.
O endividamento do sector público aumentou em Julho, contrastando com o desempenho das empresas e das famílias, revelam os dados mensais do Banco de Portugal, divulgados a 21 de Setembro. Segundo o banco central, o endividamento total do sector público não financeiro aumentou 1,3 mil milhões em Julho, chegando a 290 mil milhões de euros.
Considerando os critérios usados por Bruxelas para aferir as contas das Administrações Públicas que excluem algumas entidades públicas – a chamada dívida de Maastricht – o banco central estima um aumento da dívida até superior: 1,6 mil milhões de euros, atirando a dívida pública para 227,1 mil milhões de euros.
Estes valores não descontam os depósitos do Estado – que em parte funcionam como uma almofada de segurança – que atingiram os 14,8 mil milhões de euros, um aumento de cerca de 124 milhões de euros face ao valor registado no final de Junho. O Governo diz que pretende fechar o ano com depósitos na casa dos 9 mil milhões de euros.
No final de Junho a dívida de Maastrich atingiu os 128,7% do PIB, o que compara com os 130,2% do final de 2014, e foi o valor mais baixo desde o final de 2012. O governo estabeleceu 124,2% do PIB como meta para este ano.
Famílias e empresas menos endividadas
O desempenho do sector público contrasta com o do sector privado. Em Julho, tanto empresas como famílias reduziram as suas dívidas mostram ainda os mesmos dados do Banco de Portugal, inscritos no boletim estatístico da instituição.
A dívida das empresas privadas não financeiras caiu 426 milhões de euros para 266,8 mil milhões de euros, com quedas em todos os segmentos de dimensão empresarial, com excepção das médias empresas onde estabilizou.
As famílias também reduziram o seu endividamento, de 146,2 mil milhões de euros para 145,8 mil milhões de euros, menos 300 milhões de euros explicados quase em exclusivo pelo crédito à habitação.
No final do semestre a dívida empresarial atingiu os 152,5% do PIB e a das famílias 83,4%, somando 235,9% do PIB.