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Centeno: Portugal aprendeu com a crise da "forma mais difícil"

Em entrevista a um jornal alemão, Mário Centeno diz que Portugal "mudou muito" com a crise do euro, assinalando que a aprendizagem foi feita da "forma mais difícil".

Reuters
10 de Dezembro de 2018 às 14:15
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"Comportamentos arriscados necessitam de ser evitados em todos os instantes". A frase é de Mário Centeno, enquanto presidente do Eurogrupo, em entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung publicada esta segunda-feira, 10 de Dezembro. O ministro das Finanças justifica esta missão com a crise do euro que "mudou muito" Portugal, o que levou a lições aprendidas da "forma mais difícil". 

É com esse passado recente em mente que Centeno argumenta o quão necessário é avançar com a reforma da Zona Euro em diferentes domínios. "A nossa tarefa é prevenir uma nova crise e proteger o dinheiro dos contribuintes", disse perante questões sobre as discussões que ocorreram nos últimos oito meses no Eurogrupo. Mas o que foi alcançado ainda é insuficiente, tal como tinha admitido este fim-de-semana no congresso do Partido Socialista Europeu

Apesar das divergências entre os ministros das Finanças da Zona Euro, Mário Centeno considera que é necessário "preservar a unidade" do Eurogrupo. O presidente da entidade refuta mesmo a ideia de que há uma divisão entre os países do Norte e do Sul: "Honestamente, não se pode desenhar uma imagem a preto e branco do Eurogrupo". 

Centeno opta por destacar o que foi conseguido. "Esta é a maior reforma da Zona Euro fora de um período de crise", argumenta, recusando a ideia de que estes são "passos de bebé". Para o presidente do Eurogrupo houve acordo sobre a "direcção" em que os Estados-membros da moeda única têm de caminhar, mesmo na ausência, para já, de uma crise - o que tornaria as decisões "urgentes". 

Mais urgente, nesta altura, é a questão italiana que ainda está em aberto. Mário Centeno espera que o Governo italiano reformule a proposta de Orçamento do Estado para 2019, argumentando que o país não está a ser mais pressionado do que outros: "Acredito que Itália tem beneficiado da flexibilidade do Pacto [de Estabilidade e Crescimento] nos últimos anos e não foi por ser Itália, [mas porque] qualquer país teria tido essa flexibilidade".

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