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Rajoy desafia Bruxelas com promessa de descida de impostos

No dia em que Espanha se senta "no banco dos réus", juntamente com Portugal, por causa dos deslizes orçamentais de 2015, o líder do governo espanhol vem prometer nova descida de impostos se for eleito.

Fim do bipartidarismo em espanha: O PP de Mariano Rajoy venceu as eleições gerais em Espanha, mas ficou longe da maioria absoluta que lhe permitiu governar nos últimos anos. O escrutínio ficou marcado por uma derrota histórica do PSOE e pelo fim do bipartidarismo, com a subida de votação dos partidos Podemos e Cidadãos.
Negócios 18 de Maio de 2016 às 10:05
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Em plena campanha eleitoral para as próximas eleições em Junho, Mariano Rajoy promete descer impostos se voltar a ser eleito primeiro-ministro. A perspectiva poderá amealhar-lhe alguma popularidade internamente, mas arrisca a um choque com Bruxelas, que também esta quarta-feira analisa a eventual aplicação de sanções ao País por causa dos deslizes orçamentais de 2015.

Numa entrevista concedida ao Financial Times, Mariano Rajoy que em Dezembro falhou o apoio popular necessários para conseguir formar governo de forma autónoma, e volta a apresentar-se a escrutínio no próximo 26 de Junho, afirma que "subimos os impostos no início do nosso mandato, e em 2015 baixámos o imposto sobre o rendimento e o imposto sobre os lucros das sociedades. Se a receita fiscal continuar a aumentar, como tem acontecido até aqui, podemos planear outra descida".

E quando fala em outra descida, Rajoy tem em mente esses mesmos tributos, o equivalente ao IRS e ao IRC portugueses.

 

Espanha enfrenta esta quarta-feira, juntamente com Portugal, as conclusões da Comissão Europeia sobre os deslizes nas suas contas públicas: o país não só fechou 2015 com um défice orçamental de 5,16% do PIB, como planeia, em 2016, ficar-se pelos 3,9% do PIB, acima da linha vermelha dos 3% definida pelo Pacto de Estabilidade.

 

Para Rajoy, descer impostos e manter firmes os compromissos com Bruxelas é compatível. "Baixámos o défice em 4,3 pontos percentuais em quatro anos, apesar de termos passado por dois anos de recessão. Ninguém pode dizer que Espanha não está disposta a cumprir com as regras do jogo e a fazer as coisas bem feitas, argumentou.

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