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Passos Coelho desconhece "propostas concretas" do Governo grego
O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que "não existe um programa próprio apresentado [pelo Governo grego] que possa estar na base de uma negociação".
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho disse esta quarta-feira, 4 de Fevereiro, que desconhece "propostas concretas" do Executivo de Alexis Tsipras, recusando assim "emitir opiniões avulsas sobre ideias avulsas".
"Temos tido a preocupação em prestar muito auxílio aos diversos Governos gregos para que a Grécia possa encontrar uma solução sustentável. A Grécia não está na mesma posição que estava em 2010. Progrediu mas ainda não conseguiu resolver o problema fora de um quadro de ajuda externa, como fez a Irlanda e Portugal", acrescentou o chefe do Governo português.
O primeiro-ministro afirmou ainda que "Portugal é dos países na Europa que mais tem ajudado o povo grego". "A Grécia tem tido, quer por parte da Europa, quer por parte de Portugal, um apoio considerável para poder ser bem sucedido" - o que se traduz, por exemplo, em mais tempo para pagar a dívida - realçando que "Portugal é dos países na Europa que mais tem ajudado o povo grego."
"Eu disse uma coisa e quero repeti-la. Não existe no mundo nenhum sistema em que uma empresa, uma família ou um país emita a dívida que entende e possa acrescentar mais dívida sem que os seus credores possam ter garantias de que a dívida que existe é paga. Isso não existe em lado nenhum. E volto a repetir, isso seria um conto de crianças. Não é isso com certeza que estará em causa na Grécia nem em outro país que eu conheça", enfatizou.
Na opinião de Passos Coelho, para encontrar "uma solução de sustentabilidade para a Grécia ela terá que ser procurada entre um equilíbrio" entre credores e as responsabilidades dos governos gregos.
(Notícia actualizada às 19h23 com mais declarações de Pedro Passos Coelho)