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Os três países mais pobres da UE querem aderir ao euro

À Croácia e à Bulgária juntou-se agora a Roménia. Os três países com piores indicadores económicos querem integrar a Zona Euro e Bucareste anunciou que até ao final deste ano vai apresentar o respectivo plano com vista ao cumprimento dos critérios de adesão.

Reuters
15 de Maio de 2018 às 13:01
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Há um novo interessado em integrar a Zona Euro, o que faz com que os três países mais pobres da União Europeia queiram agora partilhar a moeda única europeia, explica a Bloomberg. Na semana passada, as autoridades da Roménia anunciaram que até ao final deste ano vão apresentar um plano através do qual se propõem cumprir os critérios de convergência que permitem aceder ao espaço do euro.

 

Em 2015, Bucareste tinha refreado o interesse e adiado a formalização da intenção de se juntar à Zona Euro. Assim, a Roménia junta-se à Bulgária e à Croácia que já anunciaram que pretendem partilhar a moeda única europeia.

Este acelerar de intenções poderá estar relacionado com a crescente ênfase que o processo de integração europeia atribui ao euro, como ficou patente na recente proposta de orçamento plurianual apresentado pela Comissão Europeia. Na proposta da Comissão, há um conjunto de apoios à coesão no seio do euro e também financiamento de reformas que contribuam para que os países acelerem a convergência com os parceiros europeus e cumpram mais rapidamente os critérios de adesão. 

Mas se é verdade que aumentou o número de países interessados em integrar o mais rápido possível o euro, essa intenção contrasta com países da Europa central, designadamente a Polónia e a Hungria, que para já rejeitam esse caminho. Varsóvia, por exemplo, só quer entrar no euro quando o país tiver alcançado um PIB per capita equivalente à média europeia. 

A perda de soberania e de instrumentos de política monetária inerentes à adesão ao euro são factores que contribuem para que países, como é exemplo a Polónia, que outrora quiseram aderir à moeda única pretendam agora adiar essa decisão. A crise financeira na Grécia mostrou as deficiências de uma união económica e monetária ainda por completar, outra razão que leva alguns países a refrear as respectivas intenções de integrar a área do euro.

Nesta altura, o processo búlgaro é o mais avançado, sendo que a Croácia definiu como objectivo integrar a Zona Euro num prazo de cinco a sete anos. Nesse sentido, as autoridades croatas querem integrar já no próximo Verão o Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (MTC II). Para aderir ao euro, os Estados têm de estar pelo menos dois anos no MTC II e cumprir as taxas de inflação determinadas pela União.

Neste momento, a Bulgária é o Estado-membro da UE que está mais próximo de cumprir os critérios de adesão mas, mesmo assim, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, avisou este mês que o país precisará de pelo menos três anos para entrar no euro.

A Zona Euro conta com 19 países-membros. Os tratados da UE definem a adesão ao bloco do euro como um processo obrigatório, do qual estão apenas dispensados a Dinamarca e a Suécia (o Reino Unido também estava dispensado mas trata-se de um caso particular porque Londres vai abandonar a União em Março de 2019).

É já muito distante o objectivo enunciado em 2017 pelo presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, que queria que todos os 28 Estados-membros da UE fizessem parte da Zona Euro até ao final de 2019 por forma a garantir uma Europa a uma só velocidade.

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