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Mourinho Félix: Governo "não vira as costas" a responsabilidades no Eurogrupo
O secretário de Estado das Finanças escusou-se hoje, em Bruxelas, a comentar a possibilidade de o ministro Mário Centeno assumir a presidência do Eurogrupo, mas garantiu que Portugal "não vira as costas" às suas responsabilidades no projecto europeu.
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No final de um Conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), Ricardo Mourinho Félix indicou que o Governo recebeu "felicitações de muitos" por a Comissão ter proposto na véspera a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), mas, questionado sobre se tal poderia constituir um incentivo à candidatura de Centeno à presidência do Eurogrupo, disse nada ter a acrescentar àquilo que o ministro e também o primeiro-ministro já disseram sobre o assunto.
"Vejo nisso um reconhecimento grande pelo trabalho que foi feito pelo Governo português, e daí não retiraria quaisquer ilações adicionais sobre esse tema. Acho que o ministro foi claro no que disse, o primeiro-ministro também falou sobre o tema, portanto eu sobre isso não tenho muito mais a acrescentar", declarou.
Na véspera, o chefe de Governo, António Costa, comentou que se trata de "uma escolha que cabe ao Eurogrupo" e que Portugal não apresentou a sua candidatura, mas referiu que o país "também não foge das suas responsabilidades" e admitiu que se Centeno fosse escolhido para suceder ao holandês Jeroen Dijsselbloem tal "será uma grande honra para Portugal".
Hoje, também o secretário de Estado -- que falou aos jornalistas em substituição de Centeno dado este encontrar-se numa reunião -- sublinhou que aquilo que o ministro das Finanças tem dito é que Portugal está "disponível para participar num processo que é importante para a Europa, é importante para Portugal, é importante para todo o projeto europeu".
"Portugal participa de pleno direito na Europa, está empenhado em todas as discussões, colaborará e não deixará de colaborar", disse, reforçando que o país "está disponível para todas as discussões e não vira as costas".
"E o facto de Portugal ter saído do PDE é algo que nos orgulha muito e, portanto, também dessa forma Portugal tem um lugar de destaque", concluiu.