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Mais alemães querem a Grécia na Zona Euro. Mas desconfiam do Governo de Tsipras

Uma sondagem divulgada esta sexta-feira mostra que 50% dos alemães querem que a Grécia permaneça na Zona Euro, um aumento face aos 41% do anterior inquérito. No entanto, mais de metade acredita que o Governo de Tsipras não vai cumprir o acordo com os credores.

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Bloomberg
24 de Julho de 2015 às 15:47
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O acordo alcançado entre Atenas e os credores para a implementação de reformas em troca de um terceiro resgate aumentou o apoio alemão à permanência da Grécia na Zona Euro.

Segundo uma sondagem realizada pelo Politbarometer para a estação de televisão ZDF, e citada pela Reuters, 50% dos alemães querem que a Grécia permaneça na Zona Euro, acima dos 41% da anterior sondagem, realizada no início de Julho, no auge da crise.

Estes resultados surgem depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, ter avisado que um Grexit provocaria um "caos", e de o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, ter sugerido, repetidamente, uma saída temporária da união monetária.

No entanto, a sondagem também constatou que 71% dos 1.304 inquiridos acreditam que a Grécia não será capaz de evitar a insolvência, mesmo com um terceiro programa de assistência financeira.

 

Além disso, o inquérito sublinha o elevado grau de desconfiança da população alemã em relação ao Governo de esquerda do primeiro-ministro Alexis Tsipras. A maioria dos alemães (73%) não espera que a Grécia vá implementar as medidas de reforma, tal como foram acordadas.

Quanto ao acordo fechado entre a Grécia os credores, os alemães estão divididos: 49% acredita que é mau, enquanto 48% defende que é positivo.

Cerca de 22% considera que as medidas de reforma que a Grécia acordou em troca de mais dinheiro são muito duras, 50% diz que são apropriadas e 20% que não são duras o suficiente.

As negociações entre o Governo grego e as instituições credoras tinham início prevista para esta sexta-feira, mas questões de segurança podem estar a atrasar o arranque do processo.

"Há algumas questões logísticas para resolver, nomeadamente em termos de segurança", explicou fonte da Comissão Europeia à agência noticiosa. "Estão várias opções em cima da mesa".

Segundo a mesma fonte, neste momento estão a decorrer apenas reuniões técnicas para resolver problemas logísticos.

Ao The Guardian, uma fonte do ministério das Finanças grego confirmou que os credores ainda não chegaram a Atenas. "Não chegaram. Houve um atraso. Não sabemos quando as negociações vão começar, mas é certo que começarão", garantiu.

O Governo grego e os credores internacionais têm o objectivo de chegar a um acordo até ao dia 20 de Agosto, altura em que o país tem de reembolsar o Banco Central Europeu em 3,4 mil milhões de euros. 

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