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Inflação na Alemanha cai mais do que esperado e retira pressão sobre o BCE
O crescimento dos preços na maior economia da Europa desacelerou mais do que o previsto este mês, com a taxa de inflação a fixar-se em 1,5%.
O crescimento dos preços na maior economia europeia desacelerou em Março, retirando pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) para equacionar uma retirada antecipada dos estímulos à economia do euro.
Segundo os dados divulgados pelo gabinete de estatísticas de Berlim, a inflação na Alemanha desceu de 2,2% em Fevereiro, para 1,5% em Março, uma queda maior do que o previsto, já que os economistas antecipavam que a taxa de inflação se fixasse em 1,9%. Este abrandamento no crescimento dos preços é o primeiro desde Agosto de 2016.
Depois de se ter fixado em 1,9%, em Janeiro, a taxa de inflação subiu para 2,2% no mês seguinte, um nível já acima da meta de 2% do BCE. Os números relativos aos dois primeiros meses do ano geraram algum ruído em torno da política monetária do banco central, com alguns especialistas a defenderem que o BCE deveria começar a retirar estímulos à economia.
Mario Draghi, porém, já deixou claro que tão cedo não haverá alterações na sua política monetária, até porque será necessário que se verifique uma subida de preços generalizada, o que não tem acontecido.
Os números revelados esta quinta-feira poderão ser um prenúncio dos dados da inflação na Zona Euro, que os especialistas antecipam que terá descido de 2%, em Fevereiro, para 1,8%, em Março.
O abrandamento no crescimento dos preços este mês não foi exclusivo da Alemanha. Também em Espanha a taxa de inflação caiu de 3% para 2,3%, segundo os dados divulgados esta manhã.
(Notícia actualizada às 13:27)