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Goldman Sachs aposta na recuperação da Zona Euro

O Goldman Sachs aumentou significativamente a sua exposição às acções europeias, antecipando o fim da recessão na Zona Euro.

Peter Foley/Bloomberg
31 de Julho de 2013 às 16:24
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O grupo financeiro norte-americano Goldman Sachs tem investido de forma considerável em acções europeias, 4% acima do índice de todos os países do mundo, durante os últimos meses, uma percentagem que duplicou recentemente para 8%, segundo noticia o "Financial Times".

 

Eddie Perkin, director de investimentos do grupo, afirmou que a economia europeia tem “estado perto do buraco nos últimos anos, mas existem agora alguns sinais positivos”. Para comprovar a sua teoria, apontou os dados mais recentes do Markit, entidade britânica que produz dados estatísticos, que sugerem que a Zona Euro estará de volta ao crescimento em Julho.

 

Perkin afirmou que “é razoável pensar que a recessão na Europa está a chegar ao fim, ainda que a altura em questão ainda esteja em debate”. “Se e quando a economia emergir do marasmo, penso que vão existir boas oportunidades na Europa”.

 

Os analistas do Goldman Sachs em todo o mundo observaram as empresas europeias de todos os sectores, e acreditam que as energéticas e as farmacêuticas estão a negociar com um desconto de 50% face às homólogas norte-americanas.

 

Outras grandes casas de investimento continuam relutantes em fazer a transição dos seus investimentos para a Europa. A Russell Investments apenas aumentou um pouco a sua exposição ao Velho Continente este mês, ao passar os activos de “insuficiente” para “neutral”.

 

O estratega Wouter Sturkenboom sugeriu que as acções europeias “começaram a tornar-se mais atractivas, dada a alta valorização das acções norte-americanas e alguma mitigação das políticas e do risco político”.

 

O Deutsche Asset & Wealth Management afirmou, entretanto, que poderá melhorar a perspectiva para as acções europeias na segunda metade do ano, mas que os elevados custos de refinanciamento dos países periféricos ainda representam uma preocupação. “Representam um fardo pesado, em especial nas empresas de tamanho médio”.

 

Ainda que o Goldman Sachs acredite numa melhoria consistente na economia europeia, admite que “há uma exposição desproporcional face aos mercados emergentes”, o que poderá afectar a valorização das acções no curto prazo. “As empresas europeias em bolsa obtêm cerca de um terço das suas receitas nas economias emergentes que estão agora a registar um crescimento mais brando e cuja procura tem enfraquecido”.

 

Contudo, Perkin revelou-se confiante num crescimento a longo prazo nos mercados emergentes, e no seu impacto positivo nas empresas europeias. “Assim que passarmos este marasmo, estar exposto a economias em desenvolvimento vai ser positivo”.

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