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Eurogrupo avalia três cenários para aliviar dívida grega

As autoridades gregas já aceitaram os pressupostos económicos que o país terá que cumprir, sendo que as principais divergências estão entre os credores e o alcance das medidas que serão implementadas para aliviar a dívida grega.

DR Governo grego
22 de Maio de 2017 às 11:04
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Os ministros das Finanças da Zona Euro vão analisar, esta segunda-feira, 22 de Maio, três cenários distintos para a evolução da dívida grega, que resultarão em necessidades diferentes de alívio da dívida do países.

 

A notícia é avançada pela Bloomberg, que cita um documento enviado pelo Ministério das Finanças alemão aos deputados do país.

 

O primeiro cenário assume que a economia grega vai crescer 1,3% em média ao ano, no longo prazo, com o excedente primário (que exclui os custos com o pagamento da dívida) a situar-se em 2,6% do PIB. Esta evolução favorável resultaria numa descida da dívida pública  para 60% do PIB em 2060 e quase não necessitaria de medidas para aliviar o fardo da dívida do país.

 

No topo oposto está o cenário mais negro: o PIB cresce em média 1% ao ano e o excedente primário fica em 1,5% do PIB. A confirmar-se, o resultado será um agravamento da dívida para 226% do PIB em 2060 e a necessidade de medidas fortes para aliviar o fardo do país que é actualmente o mais endividado da Zona Euro.

 

No terceiro cenário os pressupostos ficam algures entre os outros dois e não ficou ainda determinada a intensidade das medidas que teriam que ser adoptadas.

 

São estes os três cenários que os responsáveis do Eurogrupo terão esta tarde em cima da mesa, sendo que será necessário um acordo para que a Atenas cheguem mais empréstimos, fundamentais para o país continuar a cumprir os seus compromissos.

 

Segundo a Bloomberg, as autoridades gregas já aceitaram os pressupostos económicos que o país terá que cumprir, sendo que as principais divergências estão entre os credores e o alcance das medidas que serão implementadas para aliviar a dívida grega.

 

O FMI recusa participar financeiramente no resgate caso as autoridades europeias não adoptem medidas que tornem sustentável a dívida pública de 315 mil milhões de euros da Grécia. Por outro lado, vários países do euro recusam aprovar novos empréstimos à Grécia caso o FMI salte fora.

 

As hipóteses de o Eurogrupo fechar hoje um acordo são de 50/50, diz a Bloomberg, que lembra que este é também fundamental para as obrigações gregas integrarem o pacote de compra de dívida do Banco Central Europeu, crucial para Atenas reconquistar o acesso aos mercados.

 

Na quinta-feira passada, o parlamento grego aprovou um pacote abrangente de medidas que inclui os pré-requisitos necessários para fechar a segunda avaliação do terceiro resgate, mas também cortes nas pensões e aumentos de impostos a ser implementados em 2019 e 2020, após a conclusão do programa de assistência.

 

A aprovação da legislação era um requisito imprescindível para que o Eurogrupo pudesse dar luz verde ao desembolso da próxima tranche de empréstimo, de 7.000 milhões de euros. Dinheiro que já tem destino: o reembolso aos credores de obrigações que chegam à maturidade em Julho.

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