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Ministro grego optimista com solução "boa e definitiva" para dívida
O governo de Alexis Tsipras espera que o Eurogrupo ofereça na segunda-feira um roteiro claro sobre as medidas a serem tomadas para tornar a dívida sustentável após o fim do programa de assistência financeira (Agosto de 2018).
O ministro das Finanças grego mostrou-se optimista de que o Eurogrupo abra caminho segunda-feira para uma solução "boa e definitiva" sobre a dívida helénica, depois de ter sido aprovado no Parlamento um novo pacote de medidas.
Em declarações hoje à agência de notícias grega AMNA, Euclides Tsakalotos sublinhou que os credores "não têm pretextos para novas demoras" uma vez que a Grécia cumpriu com as suas obrigações.
"O Eurogrupo tem a responsabilidade de apoiar o percurso da Grécia até uma recuperação sustentável", afirmou o ministro, que reiterou o objectivo do país em entrar novamente no programa de compra de títulos soberanos do Banco Central Europeu (BCE).
O governo de Alexis Tsipras espera que o Eurogrupo ofereça na segunda-feira um roteiro claro sobre as medidas a serem tomadas para tornar a dívida sustentável após o fim do programa de assistência financeira (Agosto de 2018).
Tsakalotos lembrou que o objetivo do governo é "deixar de estar debaixo da tutela dos credores, criar um estado de bem-estar forte e regressar ao crescimento económico".
O otimismo de Tsakalotos no que diz respeito ao Eurogrupo contrasta com a visão do Governo alemão que, em vésperas da reunião dos ministros das Finanças, voltou a salientar que não estão planeadas medidas de alívio da dívida.
Na reunião de segunda-feira serão analisadas as medidas aprovadas pelo Parlamento grego na semana passada e sobre o número de anos em que a Grécia deverá chegar a um ‘superavit’ primário de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) depois de 2018.
Na quinta-feira passada, o parlamento grego aprovou um pacote abrangente de medidas que inclui os pré-requisitos necessários para fechar a segunda avaliação do terceiro resgate, mas também cortes nas pensões e aumentos de impostos a ser implementados em 2019 e 2020, após a conclusão do programa de assistência.
A aprovação da legislação era um requisito imprescindível para que o Eurogrupo pudesse dar luz verde ao desembolso da próxima tranche de empréstimo, de 7.000 milhões de euros, na reunião prevista para segunda-feira.
O Governo confia em que os credores concederão ao país um alívio da dívida, que alcança 179% do PIB e que entidades como o Fundo Monetário Internacional consideram insustentável.