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Di Maio: Sair do euro “não foi o que os italianos nos pediram na eleição”
O vice-primeiro-ministro de Itália rejeita o cenário de uma saída da Zona Euro por parte de Itália. Diz que não foi sobre esta questão que os italianos votaram quando deram a vitória ao 5 Estrelas nas eleições.
Luigi Di Maio garante que o Governo ninguém precisa de ter medo de uma potencial saída de Itália da Zona Euro porque esta questão não está em cima da mesa é apenas uma estratégia da oposição para "assustar as pessoas."
"Ninguém precisa de temer uma saída do euro ou da União Europeia, não há perigo nem intenção, porque não foi isso que os italianos nos pediram na eleição", afirmou Luigi Di Maio, numa entrevista à estação de televisão estatal Canale 5.
O líder do Movimento 5 Estrelas salientou que o Partido Democrático tem tentado "vender" esta ideia, de que a actual coligação quer tirar Itália da Zona Euro, "porque querem assustar as pessoas."
Tanto o 5 Estrelas como o Liga – os dois partidos que sustentam o Governo de Roma – são partidos que defenderam a saída de Itália da Zona Euro, mas desde as eleições que não assumem esta posição.
E, tal como Di Maio disse na entrevista, os italianos não querem sair da região. A última sondagem sobre esta questão foi publicada este sábado, 13 de Outubro, no Corriere della Sera e o resultado é expressivo. 61% dos italianos dizem querer permanecer no euro, contra 27 que preferiam regressar à lira.
Itália tem estado sob os holofotes, devido às suas contas públicas. Em causa está a perspectiva de que Roma apresente um défice orçamental de 2,4% do produto interno bruto (PIB) em 2019 – inicialmente a ideia é que este valor se prolongasse por mais dois anos. Estes números deixaram os investidores nervosos, e a troca de palavras entre a Comissão Europeia e Itália não ajudou.
Os juros italianos dispararam, a bolsas deslizou. E contagiou o resto da Europa, com as principais praças europeias a serem arrastadas por esta desconfiança em torno de Roma.