As exportações da Alemanha caíram em Julho num comportamento que contrariou aquela que era a perspectiva dos economistas. A recuperação da Zona Euro, seu maior parceiro comercial (36%), não foi suficiente.

A variação das exportações germânicas foi negativa, na ordem de 1,1%, em Julho, quando comparado com o mês anterior. Os economistas consultados pela agência Bloomberg antecipavam um aumento de 0,7%, enquanto a sondagem da Reuters esperava 0,8%.

As estimativas apontavam para um ganho de força das vendas de bens para o exterior da Alemanha em Julho, já que no mês anterior a subida tinha sido de 0,6%. O que não aconteceu, de acordo com os números ajustados de efeitos sazonais e de calendário, publicados esta sexta-feira, 6 de Setembro, pelo gabinete de estatísticas alemão.

Enquanto as exportações diminuíram, as importações avançaram. O crescimento em Julho da compra de bens de outros países foi de 0,5%, contrariando a descida de 1% do mês anterior mas ficando, ainda assim, abaixo da previsão da Reuters, de um avanço de 0,9%.

Com estes desempenhos, registou-se um estreitamento da balança comercial para 16,1 mil milhões de euros (exportações no valor de 93,4 mil milhões de euros e importações de 77,3 mil milhões).

55% das exportações germânicas têm como destino países da União Europeia, sendo que 36% do total vão para os parceiros do euro. A união monetária tem estado a apresentar sinais de melhoria mas, de acordo com o economista do SMBC Nikko Securities, “é difícil” que a Alemanha “continue a verificar o ritmo muito rápido de crescimento que se viu no último trimestre”. A maior economia da Zona Euro marcou uma expansão de 0,7% no segundo trimestre.

Os números das exportações são divulgados a poucos dias de os alemães irem às urnas. A Alemanha irá a eleições a 22 de Setembro. Os principais candidatos são Angela Merkel, actual chanceler, e Peer Steinbrueck.