Notícia
UE tenta reatar negociações com os EUA sobre relação comercial
Uma carta do comissário europeu do comércio dirigida ao homólogo norte-americano, a que o FT teve acesso, propõe uma "agenda transatlântica para a recuperação", o que poderia permitir pôr fim à disputa em curso entre os dois blocos sobre a atribuição de apoios estatais à Airbus e Boeing.
11 de Maio de 2020 às 20:11
A União Europeia ensaiou uma tentativa de regresso à mesa de negociações comerciais com os Estados Unidos. De acordo com uma carta remetida pelo comissário europeu para o Comércio, a que o Financial Times teve acesso, para seu o homólogo, norte-americano, Bruxelas propõe a negociação de uma "agenda transatlântica para a recuperação".
O comissário Phil Hogan sugere a Robert Lighthizer que seja constituída uma agenda abrangente capaz de abarcar questões como subsídios às operadoras aéreas e stocks de medicamentos. Objetivo passa por reforçar a cooperação de modo a limitar o impacto da pandemia para a economia global.
Hogan assume pretender colocar um ponto final à disputa de dois anos entre os dois blocos económicos a propósito das tarifas aduaneiras agravadas ao aço impostas pelos Estados Unidos.
Contudo, a agenda proposta por Bruxelas também permitirá pôr fim ao diferendo que os dois blocos mantêm a propósito da atribuição de apoios públicos à Airbus e à Boeing, em curso na Organização Mundial do Comércio (OMC) há mais de 10 anos.
Uma das ideias principais de Bruxelas consiste numa cooperação capaz de evitar as ruturas de stocks de equipamentos médicos verificada no decurso da atual crise sanitária. Para o conseguir é sugerida a criação de "reservas comuns" de equipamentos médicos.
Esta carta surge após um período conturbado na relação comercial entre a UE e os EUA em resultado da política protecionista do presidente americano, Donald Trump.
Tal disputa levou ao reforço mútuo de taxas alfandegárias, com Washington a agravar tarifas a metais importados da UE e Bruxelas a responder com o agravamento de custos à importação de bens como motos Harley-Davidson.
O comissário Phil Hogan sugere a Robert Lighthizer que seja constituída uma agenda abrangente capaz de abarcar questões como subsídios às operadoras aéreas e stocks de medicamentos. Objetivo passa por reforçar a cooperação de modo a limitar o impacto da pandemia para a economia global.
Contudo, a agenda proposta por Bruxelas também permitirá pôr fim ao diferendo que os dois blocos mantêm a propósito da atribuição de apoios públicos à Airbus e à Boeing, em curso na Organização Mundial do Comércio (OMC) há mais de 10 anos.
Uma das ideias principais de Bruxelas consiste numa cooperação capaz de evitar as ruturas de stocks de equipamentos médicos verificada no decurso da atual crise sanitária. Para o conseguir é sugerida a criação de "reservas comuns" de equipamentos médicos.
Esta carta surge após um período conturbado na relação comercial entre a UE e os EUA em resultado da política protecionista do presidente americano, Donald Trump.
Tal disputa levou ao reforço mútuo de taxas alfandegárias, com Washington a agravar tarifas a metais importados da UE e Bruxelas a responder com o agravamento de custos à importação de bens como motos Harley-Davidson.