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Tusk quer iniciar divórcio do Reino Unido o mais depressa possível
No Twitter, o presidente do Conselho Europeu lembrou que a bola está do lado do Reino Unido para dar início às negociações sobre o divórcio com a UE.
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O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, defendeu esta quinta-feira, 8 de Setembro, que o Reino Unido deve dar início às conversações com a União Europeia sobre a sua saída do bloco o mais rapidamente possível.
Tusk (na foto) está em Londres, onde se reuniu com a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, pela primeira vez desde que os eleitores britânicos votaram a favor da saída da União Europeia, uma decisão que conduziu à demissão de David Cameron e à sua substituição por May.
A líder do Executivo britânico já garantiu que o Reino Unido não vai invocar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa este ano, para dar tempo ao Governo de negociar a futura posição do país no quadro europeu.
"O nosso objectivo é estabelecer uma relação União Europeia-Reino Unido o mais próxima possível. A bola está do lado do Reino Unido para iniciar as negociações. Que, para o interesse de todos, devem começar o mais rapidamente possível", escreveu o presidente do Conselho Europeu, no Twitter, esta manhã.
Our goal to establish closest possible EU-UK relations. Ball in UK court to start negotiations. In everybody's best interest to start asap
— Donald Tusk (@eucopresident) 8 de setembro de 2016Na quarta-feira, a porta-voz de May garantiu que os dois líderes não iriam discutir apenas a saída do Reino Unido da União Europeia, mas também os temas que estão na agenda do próximo encontro de líderes europeus, em Outubro.
Pouco se sabe ainda sobre a forma como o Reino Unido vai deixar o bloco dos 28. May considera que reduzir a imigração para o país é crucial depois de milhões de eleitores terem expressado a sua frustração no referendo.
O ministro do Comércio Externo, Liam Fox, sugeriu esta quinta-feira que o Reino Unido está a fazer progressos no seu plano de desenvolver relações com países fora da União Europeia, garantindo, no parlamento, que o governo já estabeleceu um grupo de trabalho com a Índia.