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Tusk não renegoceia acordo mas admite "facilitar" ratificação pelo Reino Unido

O presidente do Conselho Europeu anunciou que na próxima quinta-feira decorrerá uma cimeira especial destinada a tratar o processo do Brexit. Donald Tusk rejeita renegociar o acordo sobre os termos da saída britânica da UE, incluindo o "backstop", contudo mostra-se disponível para encontrar formas de ajudar a garantir a ratificação por parte de Londres.

Reuters
10 de Dezembro de 2018 às 18:33
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A União Europeia mantém-se indisponível para renegociar os termos acordados com o Reino Unido para o Brexit, contudo está aberta a discutir com Londres formas para "facilitar" a ratificação do acordo em cima da mesa por parte do parlamento britânico.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou através do Twitter que no âmbito do Conselho Europeu agendado para os dias 13 e 14 de Dezembro, destinado a discutir a reforma da Zona Euro, será realizada uma cimeira especial na quinta-feira para avaliar os novos desenvolvimentos relacionados com o processo da saída britânica da UE. 

"Não vamos renegociar o acordo, incluindo o 'backstop', mas estamos preparados para discutir como podemos facilitar a ratificação pelo Reino Unido", afirmou o político polaco para concluir dizendo que, "com o tempo a esgotar-se, os líderes europeus irão também analisar o nível de preparação do conjunto da União para um cenário de não acordo entre as partes, o que a acontecer implica uma saída desordenada. 
Esta declaração de Tusk surge já depois de, ainda durante a manhã, a Comissão Europeia, através da porta-voz da instituição, Mina Andreeva, ter assegurado que Bruxelas não vai discutir o acordo vinculativo sobre os termos da saída nem a declaração política não vinculativa que define os princípios que devem nortear a relação futura entre os dois blocos. 

A justificar todas estas movimentações das instituições europeus estão as notícias que, logo pela manhã, apontavam para a possibilidade de a primeira-ministra britânica, Theresa May, cancelar a votação do acordo para o Brexit agendada para esta terça-feira.

Dada a mais do que provável rejeição do acordo por uma maioria de deputados trabalhistas, de parte dos conservadores, dos unionistas irlandeses (DUP) e dos nacionalistas escoceses (SNP), May antecipou a ida à Câmara dos Comuns para confirmar o adiamento dessa votação por forma a retomar conversações com os líderes europeus para tentar obter "garantias adicionais" quanto à questão do mecanismo de salvaguarda previsto para impedir que seja recuperada uma fronteira física entre as duas Irlandas. 

(Notícia actualizada às 18:45)
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