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Tsipras e líder da Nova Democracia afastam coligação após eleições

Alexis Tsipras e Vangelis Meimarakis prometem respeitar o memorando de entendimento associado ao terceiro resgate mas descartam a possibilidade de formarem um governo em conjunto.  

Reuters
15 de Setembro de 2015 às 08:22
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No último debate televisivo entre os candidatos mais bem posicionados para ganhar as eleições legislativas de Domingo na Grécia aumentaram as dúvidas sobre a possibilidade de ser formado um governo estável.

 

Alexis Tsipras, actual primeiro-ministro e líder do Syriza, afirmou que seria "contra-natura" o seu partido formar uma coligação com o Nova Democracia. "Não haja dúvidas que imediatamente depois das eleições, o país vai ter um Governo", mas "será um governo progressista, ou um governo conservador", disse Tsipras.

 

Vangelis Meimarakis, líder do Nova Democracia, não foi tão radical no afastamento da coligação, mas colocou de parte integrar um governo com Alexis Tsipras. "Podemos ter uma equipa nacional, não só no Governo nacional, mas também a negociar" as condições associadas ao resgate, afirmou Meimarakis.

 

Contudo, o líder do Nova Democracia assinalou a Tsipras que este não poderia fazer parte do seu governo, nem como primeiro-ministro nem como vice-primeiro-ministro, por considerar que o actual governo representou uma catástrofe para a Grécia.

 

Já Tsipras associou Meimarakis ao velho sistema político grego, marcado por escândalos e corrupção. O líder do Syriza manifestou contudo disponibilidade para fazer alianças com partidos de menor dimensão, mas mostrou-se convencido que o seu partido ficará perto da maioria das eleições de 20 de Setembro.

 

As sondagens têm apontado para um empate técnico entre o Syriza e a Nova Democracia. Um estudo de opinião efectuado pela Metron para a ANT1TV, divulgado na segunda-feira à noite, dá ao Syriza 31,6% dos votos (distribuindo os indecisos por todos os partidos), o que se situa abaixo dos 36,3% conseguidos nas eleições de Janeiro.

 

No debate, ambos os responsáveis prometeram cumprir as medidas associadas ao resgate e lutar para que o impacto na economia e nos gregos seja o menor possível.

 

"Não vamos abrandar nada a menos que tenhamos implementando grande parte do que está no resgate", disse Meimarakis, destacando a necessidade de avançar com reformas e privatizações. Tsipras também se comprometeu a implementar as medidas associadas ao resgate "o mais rapidamente possível".

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