Notícia
Schäuble apoia proposta franco-alemã para recuperação da UE
O atual presidente do Bundestag e rosto da austeridade que marcou a última resposta europeia à crise, concorda com a proposta de Merkel e Macron para a criação de um fundo de recuperação de 500 mil milhões de euros, financiado pela emissão de dívida conjunta por parte de Bruxelas e distribuído via subvenções e não empréstimos.
Nova crise, diferente abordagem. Depois de se ter assumido como um dos principais defensores e promotores das políticas de austeridade que marcaram a resposta da União Europeia aos efeitos decorrentes do "crash" de 2007-08, Wolfgang Schäuble defende agora uma abordagem mais solidária na reação ao choque económico em curso, considerando mesmo que é o futuro europeu que está em causa.
O ex-ministro alemão das Finanças e atual presidente da câmara baixa do parlamento germânico defendeu, em entrevista ao jornal Welt, a proposta conjunta do eixo franco-alemão conhecida há uma semana e que assenta na criação de um fundo de recuperação económica de 500 mil milhões de euros.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, puseram-se de acordo sobre a ideia de a Comissão Europeia emitir dívida conjunta europeia para financiar a resposta à crise.
E quanto ao método de distribuição pelos Estados-membros, acordaram um instrumento assente em subvenções a fundo perdido e não em empréstimos que agravariam as dívidas públicas dos países do sul, retirando-lhes margem de reação e agravando as assimetrias no seio da Zona Euro.
Na entrevista citada pelo Il Sole 24 Ore, Schäuble sustenta que a modalidade de empréstimos mediante condições defendida pelos quatro países "frugais" representaria um fardo adicional para um conjunto de Estados-membros já hoje "muito endividados".
Acusado de falta de solidariedade e punição moral pela forma inflexível com que geriu a negociação para o terceiro programa de assistência financeira à Grécia, o democrata-cristão denota agora uma atitude diversa. Schäuble afirma agora que para a UE sobreviver, deve "mostrar solidariedade".
"Se falharmos defronte desta crise, o tempo da Europa chega ao fim", declarou.
O ex-ministro alemão das Finanças e atual presidente da câmara baixa do parlamento germânico defendeu, em entrevista ao jornal Welt, a proposta conjunta do eixo franco-alemão conhecida há uma semana e que assenta na criação de um fundo de recuperação económica de 500 mil milhões de euros.
E quanto ao método de distribuição pelos Estados-membros, acordaram um instrumento assente em subvenções a fundo perdido e não em empréstimos que agravariam as dívidas públicas dos países do sul, retirando-lhes margem de reação e agravando as assimetrias no seio da Zona Euro.
Na entrevista citada pelo Il Sole 24 Ore, Schäuble sustenta que a modalidade de empréstimos mediante condições defendida pelos quatro países "frugais" representaria um fardo adicional para um conjunto de Estados-membros já hoje "muito endividados".
Acusado de falta de solidariedade e punição moral pela forma inflexível com que geriu a negociação para o terceiro programa de assistência financeira à Grécia, o democrata-cristão denota agora uma atitude diversa. Schäuble afirma agora que para a UE sobreviver, deve "mostrar solidariedade".
"Se falharmos defronte desta crise, o tempo da Europa chega ao fim", declarou.