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Polónia quer cimeira urgente da UE para discutir crise migratória com a Bielorrússia
A possibilidade vai ser discutida esta quarta-feira entre o primeiro-ministo polaco e o presidente do Conselho, Charles Michel, em Varsóvia. Esta "não foi uma noite calma" na fronteira com a Bielorrúsia.
A Polónia quer uma cimeira urgente da União Europeia para discutir a crise migratória com a Bielorrússia, que parece estar a escalar, depois de uma noite em que os migrantes tentaram forçar a passagem na fronteira polaca, contra um crescente contingente de militares, em temperaturas que durante a noite são negativas.
"Não foi uma noite calma. Na verdade, houve várias tentativas de cruzar a fronteira polaca", disse o ministro Polaco da Defesa, Mariusz Blaszcak, em declarações à rádio PR1 citadas pela Reuters.
A agência refere que de acordo com uma rádio polaca, cerca de 200 pessoas tentaram cruzar a fronteira ontem à tarde e que um segundo grupo de 60 pessoas voltou a tentar esta noite, já depois da meia-noite.
O ministro polaco da Defesa referiu que todos os que o tentaram foram detidos, e disse que o número de soldados destacados para a fronteira foi reforçado de 12 mil para 15 mil.
Nos últimos dias, as tropas polacas têm usado gás lacrimogéneo para impedir que as pessoas cruzem a fronteira, junto à qual foi montado uma espécie de acampamento.
As autoridades polacas estimam que haja cerca de 4 mil migrantes nas florestas ao longo da fronteira, e que outros tantos estejam a chegar de Minsk.
O primeiro-ministro polaco vai discutir o plano para uma cimeira urgente da União Europeia com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que estará hoje em Varsóvia.
A Polónia e outros países da União Europeia acusam a Bielorússia de estar a encorajar migrantes do Médio Oriente, Afeganistão e África a cruzar ilegalmente a fronteira, como retaliação pelas sanções aplicadas à Bielorrúsia a propósito da violação de direitos humanos.