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Polónia prepara-se para ser o primeiro país do mundo a subir juros em 2022

Os analistas da Bloomberg não têm dúvidas de que o banco central da Polónia vai subir juros esta terça-feira, depois de na semana passada ter revisto em forte alta as suas projeções de inflação.

33º - Polónia. Posição em 2015 (33ª)
04 de Janeiro de 2022 às 12:00
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O banco central da Polónia deverá ser o primeiro a subir juros em 2022. Segundo os analistas da Bloomberg, não há dúvidas de que depois de ter revisto em forte alta as suas projeções de inflação, esta terça-feira a instituição decidirá um aumento dos juros diretores.

Dos 17 economistas consultados pela Bloomberg, 15 esperam uma subida de 50 pontos base na taxa de juro diretora, para 2,25%, e dois antecipam um reforço de 75 pontos base, o que deixaria a taxa em 2,5%. As decisões de política monetária serão adotadas esta terça-feira, mas só amanhã, quarta-feira, o governador Adam Glapinski dará uma conferência de imprensa para explicar as escolhas do banco central.

O banco central da Polónia já começou a subir juros no ano passado. Nas últimas três reuniões de política monetária subiu três vezes a taxa diretora, mas mesmo assim está aquém da Hungria ou da República Checa, que têm sido ainda mais agressivas nas medidas para conter a inflação. 

O governador Adam Glapinski já avisou, na semana passada, que seriam precisos mais aumentos dos juros para conter a subida dos preços. Segundo as projeções da instituição, o pico da inflação será em junho e deverá superar os 8%.

Tal como no resto da Europa, os preços estão a ser pressionados pela energia – na Polónia, em particular, pela escalada do preço do gás natural – tendo havido resistência a subir juros mais cedo pelo receio de um retrocesso da recuperação económica, já que o panorama sanitário está agravado pela variante omicron da covid-19.

A diferença é que o conselho de política monetária polaco espera que a inflação se mantenha muito elevada ao longo de todo este ano – o que não acontece com o Banco Central Europeu, que espera um recuo a partir da segunda metade de 2022.

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