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Polícia belga faz seis buscas relacionadas com o atentado de Paris

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, alertou no Parlamento para o risco de ataques com "armas químicas e biológicas" no dia em que a Bélgica está a realizar buscas relacionadas com Bilal Hadfi, um dos três terroristas que se terá feito explodir junto ao Stade de France.

Reuters
19 de Novembro de 2015 às 10:41
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A polícia belga lançou esta quinta-feira, 19 de Novembro, seis novas operações de busca relacionadas com o bombista suicida Bilal Hadfi, um dos três terroristas que se terá feito explodir junto ao Stade de France na passada sexta-feira, 13 de Novembro.

Segundo informações do Ministério Público da Bélgica, avançadas pela Associated Press, as buscas estão concentradas na "equipa" de Hadfi, o bombista que estava na Síria desde Julho. Molenbeek, o bairro belga que tem sido o centro das investigações nos últimos dias, é o foco de uma das operações de busca.

Na quarta-feira, a polícia francesa realizou um cerco de várias horas, na região de Saint-Denis, que resultou na detenção de oito pessoas. O ministro francês do Interior reiterou, esta quinta-feira, que ainda há dúvidas sobre se Abdel-Hamid Abu Oud, considerado o "cérebro" dos atentados de Paris, foi ou não abatido. Nem Abu Oud nem outro fugitivo, Salah Abdeslam, estão entre as oito pessoas detidas na operação.

Manuel Valls alerta para ataque com "armas químicas"

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, alertou esta quinta-feira para a possibilidade de o grupo de extremistas que atacou Paris, na semana passada, poder utilizar armas químicas e biológicas no futuro. "Sabemos que há o risco [de serem usadas] armas químicas e biológicas", avisou Valls.

 

O chefe do Governo francês discursa esta manhã no Parlamento, que terá de aprovar a legislação com vista a prolongar, por mais três meses, o estado de emergência.

 

"Estamos em guerra. Mas não o tipo de guerra a que estamos habituados. Não, este é um novo tipo de guerra - de fora e de dentro - porque o terror é o primeiro objectivo e a primeira arma", declarou o primeiro-ministro. Este novo tipo de guerra é organizado, liderado por um exército de criminosos. O que é novo é a maneira como ela opera: os caminhos da morte estão a mudar constantemente".

 

Valls acrescentou ainda que "vamos estabelecer uma nova organização para combater tentativas de radicalizar os jovens. Isto é absolutamente necessário".

Entretanto, o gabinete do primeiro-ministro esclareceu que o alerta de Valls para a possibilidade de ataques com armas químicas não se trata de "novas informações", mas apenas de uma "observação realista". 

Director da Interpol diz que mais ataques "são prováveis"

O director da Europol advertiu, em Bruxelas, que é "provável" que haja novos atentados na Europa, que assistiu na sexta-feira em Paris a um ataque sem precedentes, e enfrenta hoje "a maior ameaça terrorista" dos últimos dez anos.

"Vamos ser muito claros sobre o significado do que aconteceu em Paris na última sexta-feira à noite: a meu ver, representa uma escalada muito séria na ameaça terrorista que enfrentamos na Europa. É a primeira vez que testemunhamos na Europa um ataque ao estilo de Bombaim, com tiroteios indiscriminados em locais públicos, combinados com bombistas suicidas", disse Rob Wainwright.

Falando perante a comissão de Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos do Parlamento Europeu, o director do Serviço Europeu de Polícia apontou que o que se passou em Paris "é algo que as autoridades europeias receavam desde o ataque em Bombaim em 2008".

"Estamos a lidar com uma organização terrorista com muitos recursos e muito determinada, que está agora activa nas ruas da Europa. É por isso razoável assumir, e sem exageros, que mais ataques são prováveis, e penso que esta é a maior ameaça terrorista que a Europa enfrenta nos últimos dez anos", disse.

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