Notícia
Perante risco de recessão, Merkel pisca o olho a estímulo orçamental
A chanceler alemã afirmou que o Governo vai reagir de acordo com a situação económica que indicarem os dados oficiais.
Angela Merkel afirmou esta terça-feira, 13 de agosto, que o Governo alemã irá atuar consoante o cenário económico traçado pelos dados do segundo e terceiro trimestre. A expectativa dos economistas é que a economia alemã - a maior da Zona Euro - estagne ou chegue mesmo a contrair.
Num discurso na cidade de Stralsund, citado pela Bloomberg, a chanceler alemã admitiu que a economia está prestes a enfrentar uma "fase difícil" e que o Governo poderá ter de reagir. A indústria alemã, altamente virada para as exportações, tem vindo a sofrer com a disputa comercial entre os EUA e a China, a qual já dura há mais de um ano.
"O Governo irá monitorizar de perto os desenvolvimentos económicos do segundo trimestre e depois olhar para o terceiro trimestre. Iremos reagir dependendo da situação", afirmou Merkel. Os dados oficiais do segundo trimestre vão ser divulgados amanhã, sendo que os economistas anteveem uma estagnação ou mesmo uma contração de 0,1% entre abril e junho. Além disso, a confiança dos investidores alemães está em mínimos de 2011.
Esta é a primeira vez que a chanceler alemã - que está no seu último mandato - sugere que o Governo poderá ter de ser mais pro ativo para responder à travagem económica da Alemanha e da Zona Euro em conjunto. No segundo trimestre, o PIB da Zona Euro travou para um crescimento de 0,2% em cadeia, o mais baixo desde 2013.
Contudo, "até ao momento", Merkel diz não ver a necessidade de um pacote de medidas orçamentais que estimulem o crescimento. Além disso, um esboço da proposta do Orçamento do Estado para 2020 entregue hoje no Parlamento mostra que o Governo não pretende mudar a política de não aumentar a dívida pública. "Há a necessidade de um nível contínuo de investimentos", disse apenas a chanceler.
A única "cedência" feita pela chanceler alemã é aos EUA e à NATO dado que compromete-se a aumentar os gastos militares - cuja pasta passou da futura presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (ex-ministra alemã da Defesa), para a sucessora de Merkel no partido (CDU), Annegret Kramp-Karrenbauer - para atingir uma despesa equivalente a 1,5% do PIB até 2024.
Nas últimas semanas vários empresários, políticos e economistas têm pedido à chanceler que adote estímulos orçamentais para contrariar a desaceleração mundial. Esse pedido já tem sido repetido por vários países da Zona Euro e também pelo Banco Central Europeu (BCE) que se vê cada vez mais impotente na luta contra a deflação e a travagem económica.
De acordo com a Bloomberg, tanto a CDU de Merkel como os social-democratas (SPD) estão a cair nas sondagens para as eleições regionais que se realizam no próximo mês. Os dois principais partidos da Alemanha lideram atualmente o Governo central em coligação.
Em 2017, a Alemanha cresceu 2,2%, tendo depois desacelerado para 1,4% em 2018. Este ano a Comissão Europeia prevê que a economia trave para um crescimento de 0,5% e só recupere em 2020 para um crescimento de 1,4%.
Num discurso na cidade de Stralsund, citado pela Bloomberg, a chanceler alemã admitiu que a economia está prestes a enfrentar uma "fase difícil" e que o Governo poderá ter de reagir. A indústria alemã, altamente virada para as exportações, tem vindo a sofrer com a disputa comercial entre os EUA e a China, a qual já dura há mais de um ano.
Esta é a primeira vez que a chanceler alemã - que está no seu último mandato - sugere que o Governo poderá ter de ser mais pro ativo para responder à travagem económica da Alemanha e da Zona Euro em conjunto. No segundo trimestre, o PIB da Zona Euro travou para um crescimento de 0,2% em cadeia, o mais baixo desde 2013.
Contudo, "até ao momento", Merkel diz não ver a necessidade de um pacote de medidas orçamentais que estimulem o crescimento. Além disso, um esboço da proposta do Orçamento do Estado para 2020 entregue hoje no Parlamento mostra que o Governo não pretende mudar a política de não aumentar a dívida pública. "Há a necessidade de um nível contínuo de investimentos", disse apenas a chanceler.
A única "cedência" feita pela chanceler alemã é aos EUA e à NATO dado que compromete-se a aumentar os gastos militares - cuja pasta passou da futura presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (ex-ministra alemã da Defesa), para a sucessora de Merkel no partido (CDU), Annegret Kramp-Karrenbauer - para atingir uma despesa equivalente a 1,5% do PIB até 2024.
Nas últimas semanas vários empresários, políticos e economistas têm pedido à chanceler que adote estímulos orçamentais para contrariar a desaceleração mundial. Esse pedido já tem sido repetido por vários países da Zona Euro e também pelo Banco Central Europeu (BCE) que se vê cada vez mais impotente na luta contra a deflação e a travagem económica.
De acordo com a Bloomberg, tanto a CDU de Merkel como os social-democratas (SPD) estão a cair nas sondagens para as eleições regionais que se realizam no próximo mês. Os dois principais partidos da Alemanha lideram atualmente o Governo central em coligação.
Em 2017, a Alemanha cresceu 2,2%, tendo depois desacelerado para 1,4% em 2018. Este ano a Comissão Europeia prevê que a economia trave para um crescimento de 0,5% e só recupere em 2020 para um crescimento de 1,4%.