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Inflação na zona euro sobe para 7,5% em abril
A inflação na zona euro fixou-se em 7,5% em abril, contra os 7,4% registados em março, colocando ainda mais pressão sobre os ombros do BCE para subir as taxas de juro na próxima reunião, em junho.
A inflação na zona euro fixou-se em 7,5% em abril, contra os 7,4% registados em março, revelam as estimativas rápidas do Eurostat.
A energia continua a ser a principal responsável por este aumento, ainda que em abril este componente do cabaz dos preços tenha descido para 38% (contra 44,4% contabilizados em março).
PIB Português é o que mais cresce
A economia da zona euro subiu 0,2% no primeiro trimestre, enquanto o PIB da União Europeia (UE) aumentou 0,4% em cadeia.
Em termos homólogos, o PIB do grupo dos 19 Estados membros cresceu 5% enquanto a economia da UE subiu 5,2%.
Ajustado sazonalmente, o PIB somou 0,2% na zona euro e 0,4% na UE. No quarto trimestre de 2021, o PIB cresceu 0,3% na zona euro e 0,5% na UE.
Portugal registou o maior aumento do PIB face ao trimestre anterior ao subir 2,6%, seguido da Áustria (2,5%) e da Letónia (2,1%).
Lagarde sob pressão
O aumento da inflação em abril coloca o Banco Central Europeu (BCE) e a sua presidente Christine Lagarde sob (ainda mais pressão) para subir as taxas de juro este ainda este ano para conter o galopar dos preços.
O BCE já admitiu, no boletim económico publicado esta quinta-feira, que as projeções recentes, que são as que utiliza para decidir a política monetária, subestimaram substancialmente a recuperação da inflação.
Perante o cenário de inflação galopante, que parece que deixou de ser "temporária", como inicialmente foi classificado por Lagarde, o mercado aponta para uma subida das taxas de juro já em julho, contra o plano inicial de manter as taxas de juro intocadas durante este ano.
A própria Christine Lagarde admitiu, em entrevista à CNBC na semana passada, que "se a situação perdurar, como se pensa atualmente, há fortes probabilidades de as taxas subirem até ao fim do ano".
Paralelamente em meados deste mês, depois da reunião do BCE, a presidente da instituição já tinha assegurado que a criação de novos instrumentos para travar o impacto da escalada da inflação e um agravamento dos juros das dívidas está entre as possibilidades para a autoridade monetária.
Para já, o BCE decidiu acelerar a retirada de estímulos. É "muito provável" que as compras líquidas de dívida pública e privada no âmbito do programa regular de aquisições (APP) terminem no terceiro trimestre do ano. Atualmente, as compras estão a ser conduzidas a um ritmo mensal de 40 mil milhões de euros, passando depois para 30 mil milhões em maio e 20 mil milhões em junho.
A autoridade monetária reúne-se novamente em junho, ocasião em que decidirá se mantém ou não intocadas as taxas de juro.
(Notícia atualizada às 10:38)