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Costa satisfeito por países começarem a aceitar "diferenciação regional"

O primeiro-ministro regozijou-se pelo facto de alguns países europeus, como a Bélgica, os Países Baixos e, agora, a Hungria, admitirem considerar critérios de "diferenciação regional" no que concerne às restrições colocadas às viagens para aqueles estados.

EPA
14 de Julho de 2020 às 15:18
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António Costa confirmou aos jornalistas presentes na capital húngara ter conversado com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, sobre as restrições aplicadas aos cidadãos que queiram viajar entre Portugal e aquele país.

O primeiro-ministro português adiantou ter tido oportunidade de "explicar bem [a Orbán] a especificidade regional da situação que se vive em Portugal".

"O primeiro-ministro [Orbán] ficou de considerar todos os dados que lhe forneci e de fazer uma apreciação", revelou ainda António Costa especificando que essa avaliação deverá acontecer já na reunião que o executivo húngaro tem prevista para amanhã.

António Costa recordou que a grande maioria dos novos casos de covid-19 registados em Portugal está concentrada na Área Metropolitana de Lisboa, pelo que "não faz sentido" penalizar regiões como o Algarve, a Madeira ou os Açores, onde a situação da pandemia está sob controlo.

Como tal, o governante aproveitou para se regozijar pelo facto de "muitos países", como já fez a "Bélgica e a Holanda", estarem agora na disposição de "aceitar a diferenciação regional" pretendida por Portugal, penalizado pelo facto de o critério determinante escolhido na União Europeia dizer respeito ao número de novos contágios por cada 100 mil habitantes.

Desde as 00:00 desta terça-feira, a Hungria colocou Portugal na "lista laranja", o que significa que aqueles que viajem do território nacional para solo húngaro terão de ficar de quarentena.

No conjunto dos 27 Estados-membros da UE, há 15 que determinaram que os cidadãos oriundos de Portugal não podem entrar nos respetivos territórios, ou então podem somente fazê-lo sob medidas restritivas e de contenção da pandemia.

O Governo português defende que a UE, através da Comissão Europeia, devia ter assumido um papel de liderança e de coordenação do processo de reabertura dos corredores aéreos.
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