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Congoleses, ucranianos e angolanos são os que mais pedem asilo a Portugal

Apesar da subida em 2017, só 0,2% das candidaturas a asilo na UE foram feitas junto das autoridades portuguesas, num total de 1.015 pedidos. Três em cada dez querem ir para a Alemanha e a Síria continua a ser a principal origem.

Reuters
20 de Março de 2018 às 11:25
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Em 2017 houve um total de 1.015 novos pedidos de asilo a Portugal, acima dos 710 registados no ano anterior, o que corresponde a 98 casos por um milhão de habitantes – só Eslováquia e Polónia tiveram uma proporção menor – e a apenas 0,2% dos requerimentos feitos durante esse período nos 28 Estados-membros da União Europeia.

 

Segundo os dados divulgados pelo Eurostat esta terça-feira, 20 de Março, no caso português, as três principais origens dos requerentes de asilo pela primeira vez foram a República Democrática do Congo (160 casos, 16% do total), Ucrânia (125 casos; 12,3%) e Angola (120 casos; 11,8%).

No entanto, destas três cidadanias com mais pedidos, só no caso dos angolanos é que Portugal figura como um dos maiores destinos – o terceiro. Os países onde mais angolanos procuraram asilo no ano passado foram França (865 pedidos, equivalente a 56% do total) e a Alemanha (240; 16%).



 

A nível europeu, o gabinete de estatísticas registou um total de quase 650 mil pedidos de asilo em 2017, pouco mais de metade dos 1,207 milhões que tinham sido contabilizados no ano anterior. O recorde foi batido em 2015, em plena crise migratória, quando 1,257 milhões de pessoas apresentaram candidatura pela primeira vez num país comunitário.

 



Três em cada dez (31%) pediram asilo à Alemanha, seguindo-se a Itália (20%) e a França (14%) como destinos preferenciais na Europa. Ainda assim, a maior descida homóloga, em termos relativos, foi também registada em território germânico (-73%).

Parte deste valor pode ser explicado pelo facto de este país, que está à procura de uma nova maioria estável para governar desde as eleições de Setembro, ser responsável por cerca de metade dos quase um milhão de pedidos de protecção internacional que estavam pendentes no final de 2017 nos países da UE.

De acordo com a mesma fonte, pelo quinto ano consecutivo, os cidadãos da Síria foram os que mais pediram asilo na União Europeia. Quase metade dos 102.400 requerimentos por sírios foram feitos para se estabeleceram na maior economia europeia, sendo a cidadania predominante em 14 Estados-membros. Iraque e Afeganistão completam o pódio das origens dos novos asilados.

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