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Confiança dos consumidores da Zona Euro em máximos do ano
As expectativas dos cidadãos em relação à economia reforçaram-se este mês e saíram melhor que o esperado, apesar dos efeitos do Brexit e das incertezas resultantes da eleição de Donald Trump para Presidente dos EUA.
Os níveis de confiança dos consumidores dos 19 Estados-membros da moeda única europeia aumentaram em Novembro para o nível mais alto desde o início do ano, batendo as expectativas dos analistas.
Os dados da primeira leitura, divulgados esta terça-feira 22 de Novembro pela Comissão Europeia, apontam para que o indicador tenha ficado nos -6,1 pontos face a Outubro, uma recuperação de 1,9 pontos, quando os analistas esperavam uma queda para -7,8.
O crescimento também se verificou na União Europeia, mas em menor extensão: uma melhoria de 0,7 pontos para os -5,8 pontos, num ano que está a ser marcado por acontecimentos que aumentam as incertezas a nível geopolítico, como a saída do Reino Unido da União Europeia ou a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos.
O ano que vem poderá acrescentar ainda mais elementos a este enquadramento, com eleições em França e na Alemanha – onde podem emergir forças populistas para a linha de poder. Já em 2016, no mês que vem, o referendo à reforma constitucional em Itália pode, dependendo do resultado, vir a desencadear eleições antecipadas.
Para Howard Archer, do IHS, citado pelo Financial Times, os números deste mês sugerem que a Zona Euro "está no caminho para um crescimento reforçado do PIB no quarto trimestre", esperando que a economia dos 19 países membros aumente 0,4% no final do ano. No terceiro trimestre, o crescimento foi de 0,3%.
Perante a fraqueza da inflação, especula-se que o Banco Central Europeu, na sua reunião de Dezembro, possa vir a prolongar para lá de Março de 2017 (prazo em que terminaria) o seu programa de compra de dívida para sustentar a recuperação da economia da Zona Euro.