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Com negociações com a UE bloqueadas, Reino Unido arrisca votar o acordo já chumbado

Na véspera do "voto significativo" pelo parlamento britânico ao acordo de saída da UE, as negociações entre Londres e Bruxelas persistem num impasse. Deputados arriscam votar acordo inalterado, o mesmo que em janeiro foi estrondosamente chumbado. Conversações prosseguem.

Reuters
11 de Março de 2019 às 07:59
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Até ao lavar dos centos é vindima, mas começa já a faltar cestos. A um dia de os deputados britânicos votarem o acordo que estabelece o tratado jurídico da saída da União Europeia, Londres e Bruxelas continuam sem conseguir acertar agulhas e as negociações das últimas semanas ainda não permitiram obter um acordo que permita formular "disposições alternativas" para o backstop.

De acordo com a notícia avançada esta manhã pela BBC, a primeira-ministra britânica Theresa May conversou na noite de domingo com o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker para tentar superar o atual impasse. Porém, sem sucesso.

Como tal, as negociações serão retomadas esta segunda-feira com o objetivo de rever o acordo de saída chumbado no final de janeiro, em particular na questão relativa ao mecanismo de salvaguarda para evitar o regresso de controlos rígidos na fronteira irlandesa.

A agência Bloomberg revela ainda que o gabinete da primeira-ministra do Reino Unido apelou a Bruxelas um esforço de última hora a fim de garantir as alterações necessárias ao acordo que define os termos do divórcio de forma a que este possa ser aprovado na votação marcada para esta terça-feira.

Membros do Partido Conservador que defendem uma saída dura ("hard brexiters"), tais como o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, já avisaram que se o acordo que for colocado a votação for idêntico ao já amplamente rejeitado pela Câmara dos Comuns merecerá o mesmo destino.

Com a saída do bloco europeu prevista na lei britânica para o próximo dia 29 de março, o calendário começa a apertar. Se o acordo de saída que vier a ser votado for chumbado, os deputados britânicos poderão ainda escolher entre uma saída sem acordo ou o adiamento do Brexit enquanto forma de ganhar tempo para encontrar um compromisso viável entre Londres e Bruxelas.

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