Notícia
Alemanha confiante em solução para veto da Hungria e Polónia a orçamentos europeus
O Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que equivale a cerca de 90% do Fundo de Recuperação para a crise da covid-19, tem a aprovação bloqueada, juntamente com o orçamento comunitário para 2021-2027, devido ao veto da Hungria e da Polónia - por se oporem a condicionar o acesso a verbas comunitárias ao respeito pelo Estado de Direito.
01 de Dezembro de 2020 às 18:14
O ministro das Finanças e vice-chanceler alemão, Olaf Scholz (na foto), disse hoje estar confiante de que será possível encontrar uma solução para o veto da Hungria e da Polónia aos orçamentos comunitários.
"Fizemos muito progresso este ano, muitos compromissos foram possíveis que ninguém esperava há alguns anos. Penso que existe a possibilidade de, no final, ultrapassarmos as dificuldades que vemos hoje", afirmou, durante um 'webinar' organizado pela consultora Global Counsel, fundada pelo antigo comissário Europeu Peter Mandelson.
O Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que equivale a cerca de 90% do Fundo de Recuperação para a crise da covid-19, tem a aprovação bloqueada, juntamente com o orçamento comunitário para 2021-2027, devido ao veto da Hungria e da Polónia - por se oporem a condicionar o acesso a verbas comunitárias ao respeito pelo Estado de Direito.
Em meados deste mês, a Hungria, apoiada pela Polónia, concretizou a ameaça de bloquear todo o processo de relançamento da economia europeia -- assente num orçamento para 2021-2027 de 1,08 biliões de euros, associado a um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões -- , por discordar dessa condicionalidade no acesso aos fundos europeus.
A Alemanha detém a presidência rotativa da UE até ao final de dezembro e está a mediar o conflito para encontrar uma solução, mas Scholz recusou que consista em remover a referência ao Estado de Direito.
"A questão é se conseguimos encontrar um caminho que nos permita continuar na direção em que estamos hoje. Como sempre, na UE há conflito mas existe a possibilidade de uma solução. Vamos ter de fazer ambos para dar uma resposta contra a crise. É difícil, mas não é irresolúvel", garantiu Scholz.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,4 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 4.577 em Portugal.
"Fizemos muito progresso este ano, muitos compromissos foram possíveis que ninguém esperava há alguns anos. Penso que existe a possibilidade de, no final, ultrapassarmos as dificuldades que vemos hoje", afirmou, durante um 'webinar' organizado pela consultora Global Counsel, fundada pelo antigo comissário Europeu Peter Mandelson.
Em meados deste mês, a Hungria, apoiada pela Polónia, concretizou a ameaça de bloquear todo o processo de relançamento da economia europeia -- assente num orçamento para 2021-2027 de 1,08 biliões de euros, associado a um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões -- , por discordar dessa condicionalidade no acesso aos fundos europeus.
A Alemanha detém a presidência rotativa da UE até ao final de dezembro e está a mediar o conflito para encontrar uma solução, mas Scholz recusou que consista em remover a referência ao Estado de Direito.
"A questão é se conseguimos encontrar um caminho que nos permita continuar na direção em que estamos hoje. Como sempre, na UE há conflito mas existe a possibilidade de uma solução. Vamos ter de fazer ambos para dar uma resposta contra a crise. É difícil, mas não é irresolúvel", garantiu Scholz.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,4 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 4.577 em Portugal.