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61% das negações de entrada na UE ocorreram em Espanha

Em 2013 Espanha negou a entrada na UE a 317.840 pessoas. Actualmente, 4% da população residente no território da UE é de países extra-União.

Reuters
Negócios 27 de Maio de 2014 às 17:41
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Espanha foi o país que mais impediu a entrada de imigrantes ilegais na União Europeia. No total, o país negou o acesso a 317.840 pessoas em 2013, mais 0,6% do que no ano anterior, o que representa 61% do total de impedimentos de entrada no território da União Europeia, revelou o V Relatório Anual de Migração e Asilo da Comissão Europeia, noticia o "El País" esta terça-feira, 27 de Maio.

 

O relatório avança que no ano passado chegaram por via marítima cerca de 40 mil pessoas à União Europeia e cerca de 600 perderam a vida durante a viagem. No total, os Estados-membros interceptaram 77.140 pessoas entre Janeiro e Setembro de 2013, a tentar cruzar ilegalmente as fronteiras da União Europeia. O valor, segundo o relatório, aumentou "significativamente" a partir de Julho, com o ressurgimento da crise na Síria, afectando especialmente a costa italiana.

 

No que diz respeito às respostas dos Estados-membros, o número de detenções diminuiu de 433.665 em 2012 para 386.230 em 2013. Em paralelo, 166.470 cidadãos extra-comunitários foram obrigados a regressar aos seus países de origem. Os pedidos de asilo cresceram em cem mil para 434.160, dos quais cerca de 12% são provenientes de cidadãos da Síria.

 

4% da população europeia é de países terceiros

 

No final do ano de 2013 contavam-se cerca de 503 milhões de habitantes da União Europeia, dos quais 4%, cerca de 20,4 milhões, são de países extra-União.

 

Durante o ano de 2012 registaram-se 2,1 milhões de pedidos de "primeira residência" na União, 32% para unir-se à família que já se encontrava na UE, 23% para trabalhar, 22% para estudos e 23% por outras razões (nas quais se inclui os pedidos de protecção internacional).

 

A maioria dos pedidos de entrada na UE provinham dos Estados Unidos (200 mil pessoas), da Ucrânia (163 mil pessoas), da China (163 mil pessoas) e da Índia (157 mil pessoas).

 

"Tem havido importantes avanços na gestão da migração. A UE deve trabalhar decididamente para impedir que os imigrantes não percam a vida, ao tentar alcançar as costa europeias e redobrar o combate à delinquência organizada que opera através do contrabando e tráfico de seres humanos", lê-se no relatório, citado pelo "El Mundo".

 

A Comissão Europeia conclui ainda que "a UE deve garantir a segurança nas fronteiras da Europa com canais legais adequados para a entrada" e "empenhar-se em combater a violência e a discriminação contra os imigrantes e fomentar activamente a integração nas sociedades europeias, assim como lutar contra o racismo e a xenofobia, factores que afectam a coesão social e podem amedrontar os imigrantes, incluindo os altamente qualificados, para eleger um destino europeu".

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