Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

11,8% da população empregada esteve ausente do trabalho no primeiro trimestre

Entre janeiro e março deste ano, as ausências do emprego em Portugal atingiram 11,8%, um aumento face aos 8,8% do quarto trimestre de 2019.

O mercado de trabalho continua a melhorar, mas a um ritmo mais lento.
Bruno Simão
08 de Julho de 2020 às 11:25
  • ...

No primeiro trimestre deste ano, que compreende o início da pandemia da covid-19 na maioria dos países europeus, 11,8% da população portuguesa empregada esteve ausente do trabalho, o que compara com 8,8% nos últimos três meses de 2019.

Esta percentagem é ligeiramente inferior à média da União Europeia, onde 12% da população com trabalho esteve fora do emprego entre janeiro e março, de acordo com o indicador do Eurostat que mede as "faltas" ao trabalho, seja por motivos de férias, doença ou incapacidade, lay-off temporário, entre outros.

Estes 12% traduzem um total de 22,9 milhões de pessoas que estiveram ausentes do emprego nos primeiros três meses deste ano, mais 4,3 milhões do que no último trimestre de 2019.

Segundo o gabinete estatístico da União Europeia, este crescimento deve-se em grande medida ao aumento dos lay-offs temporários, que subiram de 0,3 milhões de pessoas para 2,3 milhões".

Entres os Estados-membros para os quais existem dados, as maiores taxas de ausência do emprego foram registadas em França (18,1%), Suécia (16,2%) e Áustria (15%) e as mais baixas na Roménia (2,5%), Malta (3,3%) e Bulgária (4,4%).

Em comparação com o quarto trimestre de 2019, todos os Estados-membros, com exceção da Finlândia, registaram um aumento nas ausências gerais ao trabalho. As ausências devido a lay-offs temporários subiram em todos os países, com aumentos superiores a dez vezes em França, Chipre e Espanha.

Os dados revelados pelo Eurostat mostram também que o número total de horas trabalhadas caiu acentuadamente na União Europeia entre o quarto trimestre de 2019 e o primeiro trimestre de 2020, mas não atingiu os mínimos observados durante a crise de dívida.

No geral, as mulheres foram mais atingidas do que os homens, e as maiores descidas foram observadas em Itália (-9,7%), Eslováquia (-8,7%) e Áustria (-7,9%). Em Portugal, a queda foi de 6,4%.

No que respeita ao indicador mais amplo do emprego, manteve-se estável na União Europeia nos 73,3% da população em idade ativa enquanto o desemprego até desceu ligeiramente de 6,4% no terceiro trimestre de 2019 para 6,3% nos primeiros três meses deste ano.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio