Notícia
Suíça proíbe importações de ouro da Rússia
Com estas novas sanções, a Suíça proíbe "a compra, importação ou transporte de ouro e produtos de ouro da Rússia", refere o governo, especificando que "qualquer serviço relacionado com estes bens também é proibido".
03 de Agosto de 2022 às 23:29
A Suíça, país que possui muitas refinarias para derreter barras de ouro, proibiu a importação deste metal precioso proveniente da Rússia, voltando a alinhar com as sanções da União Europeia (UE), revelou esta quarta-feira o governo.
O Conselho Federal (Governo) seguiu a sanção determinada pela UE em 21 de julho, acrescentando a proibição da importação de ouro de origem russa à lista de restrições, em resposta à invasão da Ucrânia por Moscovo.
Com estas novas sanções, a Suíça proíbe "a compra, importação ou transporte de ouro e produtos de ouro da Rússia", refere o governo, especificando que "qualquer serviço relacionado com estes bens também é proibido".
Tradicionalmente neutra, a Suíça rompeu com a sua habitual reserva dias depois do início da guerra na Ucrânia, alinhando com as sanções económicas da UE.
No entanto, a adoção das sanções às importações de ouro pela Suíça era aguardada com expectativa.
Em maio, três toneladas de ouro da Rússia foram importadas pela Suíça a partir do Reino Unido, sem que tivesse sido possível identificar que empresa as levou para a Suíça, revelou a agência Bloomberg.
Perante esta importação 'misteriosa', a Associação Suíça de Fabricantes e Comerciantes de Metais Preciosos (ASFCMP), que representa as maiores refinarias do país, entrou em contacto com os seus associados e garantiu que nenhum destes foi a fonte desta importação.
Esta organização insistiu no facto de que o "ouro duvidoso" não tem "lugar na Suíça" e recomendou os seus membros que agissem "com a maior precaução".
A alfândega suíça anunciou na altura que estava a analisar essas importações à luz das sanções, enquanto insistia que as importações de ouro da Rússia não estavam proibidas, ao contrário das exportações.
O quarto conjunto de sanções impostas pela União Europeia a 15 de março abrangeu bens de luxo, proibindo a venda, fornecimento, transferência ou exportação de bens de luxo para a Rússia, incluindo ouro, prata, pérolas e diamantes.
Mas, em 21 de julho, a UE adicionou também explicitamente a proibição de importar ouro da Rússia, inclusive na forma de pó, sucata ou moedas de ouro.
A Suíça tem muitas refinarias para reciclar ouro e fundir barras de ouro, num setor que representa 1.500 empregos diretos, de acordo com a ASFCMP.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU confirmou que 5.327 civis morreram e 7.257 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 160.º dia, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
O Conselho Federal (Governo) seguiu a sanção determinada pela UE em 21 de julho, acrescentando a proibição da importação de ouro de origem russa à lista de restrições, em resposta à invasão da Ucrânia por Moscovo.
Tradicionalmente neutra, a Suíça rompeu com a sua habitual reserva dias depois do início da guerra na Ucrânia, alinhando com as sanções económicas da UE.
No entanto, a adoção das sanções às importações de ouro pela Suíça era aguardada com expectativa.
Em maio, três toneladas de ouro da Rússia foram importadas pela Suíça a partir do Reino Unido, sem que tivesse sido possível identificar que empresa as levou para a Suíça, revelou a agência Bloomberg.
Perante esta importação 'misteriosa', a Associação Suíça de Fabricantes e Comerciantes de Metais Preciosos (ASFCMP), que representa as maiores refinarias do país, entrou em contacto com os seus associados e garantiu que nenhum destes foi a fonte desta importação.
Esta organização insistiu no facto de que o "ouro duvidoso" não tem "lugar na Suíça" e recomendou os seus membros que agissem "com a maior precaução".
A alfândega suíça anunciou na altura que estava a analisar essas importações à luz das sanções, enquanto insistia que as importações de ouro da Rússia não estavam proibidas, ao contrário das exportações.
O quarto conjunto de sanções impostas pela União Europeia a 15 de março abrangeu bens de luxo, proibindo a venda, fornecimento, transferência ou exportação de bens de luxo para a Rússia, incluindo ouro, prata, pérolas e diamantes.
Mas, em 21 de julho, a UE adicionou também explicitamente a proibição de importar ouro da Rússia, inclusive na forma de pó, sucata ou moedas de ouro.
A Suíça tem muitas refinarias para reciclar ouro e fundir barras de ouro, num setor que representa 1.500 empregos diretos, de acordo com a ASFCMP.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 16 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU confirmou que 5.327 civis morreram e 7.257 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 160.º dia, sublinhando que os números reais deverão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.