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Rússia diz que redução das operações militares perto de Kiev não é um cessar-fogo

A Rússia prometeu reduzir as atividades militares nos arredores de Kiev e Chernihiv, mas o responsável da delegação russa de negociadores veio frisar que isso não deve ser interpretado como um cessar-fogo.

Lusa_EPA/reuters
29 de Março de 2022 às 17:21
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A promessa da Rússia de reduzir as atividades militares nas proximidades de Kiev e de Chernihiv, feita esta terça-feira, não deverá ser vista como um cessar-fogo. Pelo menos de acordo com o principal negociador da comitiva russa, Vladimir Medinsky, em declarações citadas pela agência russa TASS.

"Isto não é um cessar-fogo, mas isto é a nossa aspiração, de gradualmente atingir uma redução da escalada do conflito em pelo menos estas frentes", avançou Vladimir Medinsky, citado nestas declarações.

E, na mesma ocasião, este representante da comitiva russa especificou que ainda há caminho a percorrer nestas negociações. "No entanto, para preparar um acordo numa base de aceitação mútua, ainda temos um longo caminho".

Depois de a Rússia anunciar esta redução da operação militar, as bolsas europeias reagiram em alta, enquanto o petróleo recuou de forma expressiva. Ainda que por alguns momentos, o petróleo chegou mesmo a negociar abaixo da fasquia dos 100 dólares.

Alguns governos já reagiram ao anúncio feito pela Rússia. Dos Estados Unidos, chegaram comentários do secretário de Estado Antony Blinken, que demonstrou alguma desconfiança perante as declarações da Rússia. Os EUA referem que ainda não viram "sinais de uma seriedade real" por parte da Rússia em chegar a uma resolução para o conflito na Ucrânia.

"Há uma diferença entre aquilo que a Rússia diz e o que faz", continuou Blinken. Mais uma vez, os EUA acrescentaram que a Rússia deve acabar com a agressão à Ucrânia e retirar as forças militares do país vizinho.

Reino Unido fala em "alguma redução" de bombardeamentos

Algumas potências europeias estão a tentar perceber se as afirmações da Rússia sobre a "redução significativa" são verdadeiras ou não. Pelo menos do lado do Reino Unido chegam algumas indicações de "alguma redução" dos bombardeamentos russos nas redondezas de Kiev.

Um porta-voz de Boris Johnson indicou que "foi sentida alguma redução dos bombardeamentos russos nos arredores de Kiev, muito por as forças ucranianas estarem a conseguir responder de forma bem sucedida às ofensivas no noroeste da cidade", em declarações citadas pelo jornal britânico The Guardian.

A CNN também avança que, do lado dos Estados Unidos, também já terá sido sentida esta redução prometida pela Rússia. Jim Sciutto, jornalista da cadeia de televisão norte-americana, indica através do Twitter que estas informações foram avançadas por dois oficiais norte-americanos.


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