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Borrell defende entrega de mais armas à Ucrânia

"Temos de passar das palavras aos atos" para que a Ucrânia ganhe a guerra, afirmou o Alto Comissário da União Europeia para os Negócios Estrangeiros.

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19 de Fevereiro de 2023 às 12:37
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O Alto Comissário da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, apelou este domingo, 18 de fevereiro, na Conferência de Segurança de Munique para acelerar e aumentar a ajuda militar à Ucrânia e disse que era a favor da adesão do país à UE

"Armamos a Ucrânia porque a guerra é um grande desafio existencial para a nossa segurança, (Presidente Volodomyr) Zelensky e a Ucrânia não têm munições suficientes mas têm motivação suficiente", disse Borrell num discurso num painel de discussão.

"Temos de fazer mais e mais rapidamente, temos de acelerar a nossa assistência militar à Europa", afirmou, acrescentado que "todos os líderes europeus disseram (em Munique) que a Rússia não pode ganhar a guerra, que a Ucrânia tem de ganhar a guerra. Temos de passar das palavras aos atos".

A par do desafio a curto prazo de aumentar e acelerar a assistência militar à Ucrânia, Borrell apontou dois desafios a médio prazo, que são aumentar a capacidade da indústria de armamento da Europa e lidar mais com o Sul global.

Relativamente a este último, Borrell disse ter detetado um certo ceticismo em certos países acerca do apoio à Ucrânia, e disse que a Europa deve comportar-se de uma forma que deixe claro que está a defender valores universais e não valores que só são válidos quando um vizinho europeu é atacado.

"Vemos que em África existe um certo ceticismo…. As pessoas têm memórias e sentimentos. Temos de mostrar que defendemos valores universais e não valores que só são válidos quando a Ucrânia é atacada", disse.

Na discussão do painel que se seguiu, a primeira-ministra estónia, Kaja Kallas, e o homólogo sueco, Ulf Kristersson, concordaram com Borrell sobre a necessidade de acelerar a assistência militar à Ucrânia.

"Estive recentemente em Kiev. Os ucranianos dizem-nos: enviam-nos armas e não há problema. Mas enviam-nas demasiado tarde e demasiado lentamente", disse Kristersson.

Kallas, por outro lado, salientou que, por um lado, a Ucrânia precisa de munições e, por outro, os países que as entregam precisam de reconstituir os seus ‘stocks’.

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