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Quem é a protegida de Merkel que a substituiu na chefia da CDU

A recém-eleita presidente da CDU é vista por todos como a delfim da ainda chanceler alemã mas terá agora de começar o caminho da sua afirmação política. Annegret Kramp-Karrenbauer faz questão de mostrar "orgulho" em si própria e de se distanciar de Angela Merkel.

08 de Dezembro de 2018 às 10:00
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Annegret Kramp-Karrenbauer (56 anos de idade) foi eleita esta sexta-feira presidente da CDU (União Democrata-Cristã). Conhecida pelo acrónimo AKK, tornou-se secretária-geral da CDU em Fevereiro deste ano, ficando responsável pela organização interna do partido. AKK é vista como a delfim e protegida da chanceler e foi a preferida apontada por Angela Merkel para a sua sucessão. 

Tal como Angela Merkel, a ex-líder do governo do Estado federado do Sarre (2011-2018) situa-se ideologicamente ao centro da CDU, com um pensamento moderado. No entanto, em temas como a política migratória ou em questões de costumes tem posições mais conservadoras do que a chanceler. Sobre o acolhimento de refugiados, por exemplo, defendeu a proibição de entrada na Alemanha de todos os requerentes de asilo condenados por crimes graves, uma posição que sinaliza algum afastamento relativamente a Merkel.

Seja como for, era entre os três candidatos que disputaram a liderança da CDU quem está mais próxima da chanceler. Ou seja, é quem garante uma linha de continuidade face aos últimos anos, devendo manter o centrismo imprimido pela chanceler. Não espanta, portanto, que seja muitas vezes apelidada de "mini Merkel". O trajecto político de AKK mostra alguém com experiência política, habituada a disputar campanhas eleitorais e a vencer eleições.

AKK conta com um registo eleitoral positivo, após vitórias no Sarre, e está também habituada a negociar acordos com outros partidos, uma característica que poderá ser-lhe útil no futuro se se tiver em conta que o parlamento alemão é hoje o mais polarizado desde a Segunda Guerra. 


Governou em aliança com os Verdes e os liberais (FDP), precisamente as mesmas forças que há um ano não conseguiram chegar a acordo para celebrar a chamada coligação Jamaica (CDU-FDP-Verdes) e governar a Alemanha. 

Depois de vencer as eleições no congresso da CDU que termina este sábado em Hamburgo, Kramp-Karrenbauer rejeitou o epíteto "mini Merkel" e fez desde já questão de se afirmar: "Li que sou 'mini', uma cópia, simplesmente mais do mesmo. Caros delegados, estou diante de vós tal como sou e como a vida me fez e estou orgulhosa disso".

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