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Puigdemont detido na Alemanha. Manifestações marcam tarde em Barcelona

O ex-presidente da Catalunha foi detido na fronteira da Dinamarca com a Alemanha e aguarda as diligências processuais face à ordem de detenção do tribunal. Amanhã será presente a um juiz alemão, que decidirá o seu futuro mais próximo.

25 de Março de 2018 às 11:57
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A polícia alemã deteve o ex-presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, quando passava a fronteira, de carro, da Dinamarca para a Alemanha, a caminho da Bélgica, onde tem estado a residir, noticiou a agência espanhola Efe.

Segundo a Efe, Puigdemont foi retido em aplicação da ordem europeia de detenção do juiz do tribunal supremo Pablo Llarena.

O advogado do ex-presidente da Catalunha, Jaume Alonso-Cuevillas, disse à Efe que Puigdemont foi retido pela polícia da Alemanha à espera que se concluam as diligência face à ordem de detenção pendente. 

A polícia alemã já confirmou a detenção de Puigdemont, detido pelas 11:19 horas locais (mais uma que em Lisboa) na auto-estrada A7, direcção sul, colocando-se à disposição policial, disse à Efe o porta-voz da Policía local.

Entretanto, Puigdemont ficou detido no centro penintenciário de Neumuenster, no norte da Alemanha. E será presente a um juiz na segunda-feira de manhã, de acordo com o El Mundo. O jornal adianta que o juiz abrirá o processo de extradição para Espanha e poderá demorar até 60 dias para decidir. Será também "muito provável" que o juiz decida amanhã s eo ex-presidente da Catalunha espera pela decisão em liberdade ou se fica em prisão domiciliária. 

A agência EFE salienta, depois de ouvir fontes judiciais" que a Alemanha "é um dos piores lugares onde Puigdemont poderia cair" no âmbito de uma ordem de detenção europeia. Isto porque o Código Penal alemão inclui crimes muito semelhantes à rebelião, invocados por Espanha, algo que não acontecia na Bélgica, para onde o ex-presidente catalão fugiu inicialmente. E as penas podem até ser mais graves.

 

Ainda assim, a imprensa espanhola realça que a Alemanha é um dos países com melhores relações judiciais com Espanha, à semelhança de Portugal, França e Itália.

Manifestantes saem à rua

Entretanto as ruas de Barcelona foram palco de mais uma manifestação. Milhares de pessoas saíram às ruas em defesa da libertação de Puigdemont, bem como de outros políticos, todos ligados ao movimento independentista da Catalunha.


A manifestação foi convocada pelos Comités de Defesa da República para as 16:00. 


A tensão foi aumentando ao longo da tarde, tendo culminado em, pelo menos, 33 feridos ligeiros, depois de confrontos com as forças de segurança. Também houve três detidos.


(Notícia actualizada, pela última vez, às 20:14 para dar conta do número de feridos e detidos)

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