Notícia
Manifestantes em topless protestam durante voto de Berlusconi em Milão
O ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi votou hoje em Milão, no primeiro de dois dias de eleições gerais no país, e nas quais o empresário é candidato a primeiro-ministro.
Esperado por um aparato mediático no local de voto, Berlusconi teve porém de dividir as atenções com três mulheres, que mostraram o peito e gritaram "basta Berlusconi, basta Berlusconi"
Os polícias conseguiram afastar as manifestantes do local e após o incidente, o líder da coligação de centro-direita dirigiu-se às urnas de voto. Depois de mostrarem o peito e gritarem "basta Berlusconi", as activistas do grupo Femen foram imediatamente detidas pela polícia e arrastadas do local, onde estavam filas de votantes nas eleições gerais, que decorrem hoje e segunda-feira.
Berlusconi votou para eleger a câmara de deputados, o senado e também o executivo regional da Lombardia, cuja capital é Milão, e uma das três zonas da Itália em eleições locais.
Antes de Berlusconi, votou, em Milão, o candidato dos "moderados" e primeiro-ministro demissionário, Mario Monti.
Em Placência, no Norte do país, votaram já o líder do centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, e em Roma, o presidente da República, Giorgio Napolitano.
Contra os "senhores da austeridade"
Ontem o antigo primeiro-ministro italiano tinha afirmado que "os senhores da austeridade" da Europa querem "ver-se livres" dele.
Falando em dia de reflexão, na véspera das eleições legislativas, em Itália, o candidato do PDL, partido conservador, criticou os políticos europeus que prosseguem as medidas de austeridade: "Eu opus-me aos senhores da austeridade que estão a tentar agora ver-se livres de mim".
De acordo com a agência noticiosa Ansa, Berlusconi terá falado em Milão para uma televisão grega, numa entrevista em que acusa o primeiro-ministro Mario Monti de ser "subserviente e estar sempre de joelhos perante a senhora Merkel [a chanceler alemã Angela Merkel], que agora não o quer perder".
Silvio Berlusconi disse que a "austeridade aumenta a dívida pública e conduz a uma espiral recessiva que aumentará o desemprego e poderá causar o fim da paz social".