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Governador do Banco Central da Letónia nega acusações de suborno e extorsão de dinheiro

O escândalo na Letónia aprofunda-se. O Governador Ilmars Rimsevics é agora acusado por um banco do país de repetidamente lhe extorquir dinheiro.

Negócios jng@negocios.pt 20 de Fevereiro de 2018 às 12:06

O Governo da Letónia exige a demissão do governador do banco central do país depois de ter sido detido pela agência anti-corrupção da Letónia. Apesar das acusações, Rimsevics foi libertado esta segunda-feira sob fiança, não tendo sido formalmente acusado de qualquer crime e negando qualquer envolvimento: "Todas estas alegações são falsas, não pedi nem recebi qualquer suborno", afirmou hoje o governador letão.

 

O primeiro-ministro da Letónia, Maris Kucinskis, já reagiu a esta situação, acusando a Norvik Banka JSC de tentar atacar a imagem da Letónia ao envolver o nome do Governador do Banco Central da Letónia, Ilmars Rimsevics, nesta suspeita de suborno.

"Há uma razão para pensar que provavelmente isto é uma tentativa da Norvik Bank e do presidente do conselho de administração, Grigory Guselnikov, de denegrir a imagem do país", diz o primeiro-ministro letão. Isto porque a Norvick Banka ainda não submeteu quaisquer provas às autoridades.

 

O banco local Norvik enviou em Dezembro passado para o Banco Mundial um documento de 39 páginas que denúncia uma repetida extorsão de dinheiro por parte de uma alta figura do panorama letão. Agora possivelmente identificado como o governador do banco central do país, Ilmars Rimsevics, que foi já alvo de uma investigação e buscas tanto no seu escritório como na sua residência.

 

Alegadamente, Rimsevics exigiu pagamentos de 100 mil euros por mês para dar permissão ao Norvick Banka para actuar na Letónia, sob a ameaça de retaliar contra o banco sempre que este se recusa-se a fazer os pagamentos.

 

O Governo da Letónia já demonstrou o seu desagrado com o retorno do actual Governador do Banco Central letão ao seu posto de trabalho depois do surgimento deste escândalo de suborno e corrupção e do suposto envolvimento de uma das maiores figuras do país.

 

Ilmars Rimsevics lidera o Banco Central da Letónia desde 2001. Apesar da possível protecção de independência do banco central letão, o Governador pode enfrentar agora uma suspensão após ter sido detido e alvo de buscas no passado fim-de-semana. 

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