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Funeral de Isabel II pára Reino Unido e pressiona (ainda mais) economia britânica

Feriado nacional em todo o Reino Unido levou à paralisação de várias atividades económicas. Economistas temem que país entre em recessão técnica mais cedo do que estava previsto. Funeral de Estado irá juntar mais de 500 líderes mundiais em Londres.

19 de Setembro de 2022 às 10:47
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O Reino Unido presta esta segunda-feira a última homenagem à rainha Isabel II, que morreu no passado dia 8 de setembro, com um funeral de Estado que irá juntar mais de 500 líderes mundiais em Londres. Foi declarado feriado nacional em todo o Reino Unido, com a paralisação de várias atividades económicas, o que pode levar o país à recessão técnica mais cedo do que estava previsto.

O último adeus a Isabel II será o primeiro funeral de Estado desde a morte do antigo primeiro-ministro Winston Churchill, em 1965. Depois de centenas de milhares de pessoas terem passado pelo Palácio de Westminster para homenagear a rainha (que esteve até às 6h30 desta manhã em câmara ardente), o caixão será levado para a Abadia de Westminster, em frente ao Parlamento britânico, onde irá decorrer o funeral.

Grande parte das empresas, bem como escolas e infantários, estão encerradas esta segunda-feira, após o rei Carlos III ter declarado feriado nacional para que os britânicos possam acompanhar a cerimónia fúnebre. Também a bolsa de Londres está fechada esta segunda-feira e o Banco de Inglaterra, que iria anunciar na semana passada uma nova subida das taxas de juro para conter a inflação, adiou a decisão para esta semana. 

O economista Samuel Tombs, da consultora Pantheon Macroeconomics, alerta que a paralisação pode resultar numa redução de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido já este mês, o que levará o país à recessão, depois de só ter crescido 0,2% em julho. As estimativas da consultora apontam para que o feriado nacional custe ao país cerca de 2 mil milhões de libras (2,3 mil milhões de euros) em receitas perdidas.

Já em junho, por ocasião das celebrações do Jubileu de Platina da rainha, o PIB britânico contraiu 0,6%. Ainda assim, é esperado uma melhoria nos setores da aviação, hotelaria e na venda de flores, devido ao funeral de Isabel II.

Mais de 500 líderes mundiais na cerimónia fúnebre

O funeral da rainha Isabel II de Inglaterra será a maior operação de segurança de sempre em Londres, estando previstas enormes multidões nas ruas da capital britânica. Mais de 2 mil agentes policiais de todo o país foram recrutados para ajudar a Scotland Yard a garantir a segurança durante o evento.

Entre as centenas de líderes mundiais que vão marcar presença no evento estão o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o presidente de França, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e, a representar Portugal, estará o presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Além dos líderes internacionais, estarão também presentes na cerimónia membros de famílias reais de todo o mundo e pessoas condecoradas pelo serviço orestado ao Reino Unido. Ao todo, são mais de 2 mil convidados.

O funeral irá começar às 11h00 locais (a mesma hora em Portugal). Depois de concluída a cerimónia, haverá dois minutos de silêncio em todo o Reino Unido, após os quais será cantado o hino nacional, "God Save the King" ("Deus salve o Rei"). A urna passará depois em cortejo por ruas de Londres, incluindo pelo Palácio de Buckingham, antes de seguir para o Castelo de Windsor, onde será depositada num evento reservado à família.

A rainha Isabel II será sepultada junto aos pais e à irmã. Para lá, serão também transferidos os restos mortais do marido, o Príncipe Filipe, que faleceu aos 99 anos em abril de 2021.

Elizabeth Alexandra Mary nasceu em 1926, em Londres, e tornou-se Rainha aos 25 anos, após a súbita morte do pai, Jorge VI. A monarca reinou durante 70 anos e teve 15 primeiros-ministros, de Churchill a Liz Truss, a quem deu posse dois dias antes da sua morte. Foi a chefe máxima de 32 estados independentes (14 dos quais até à data da sua morte).
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