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FMI revê em alta previsões de crescimento para Espanha

O Fundo Monetário Internacional reviu em alta o crescimento da economia espanhola para este ano mas alerta para os níveis de desemprego "alarmantes".

6ª Christine Lagarde
REUTERS
08 de Junho de 2015 às 18:30
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"Espanha está a recuperar bem e o emprego está a aumentar, auxiliado por reformas anteriores. No entanto, os níveis de desemprego são ainda alarmantes e as vulnerabilidades mantêm-se", pode ler-se no documento publicado esta segunda-feira, 8 de Junho, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que alerta para a necessidade de se manter o espírito reformista e apela a esforços adicionais.

As estimativas do FMI apontam para um crescimento do PIB espanhol na ordem dos 3,1% em 2015 e 2,5% em 2016, acima da média europeia. Em Abril deste ano, as previsões do FMI apontavam para um crescimento de 2,5% para 2015 e 2% em 2016. Estas previsões estão sustentadas no aumento da confiança e do investimento, no aumento dos níveis de emprego e na recuperação do consumo, enquanto a conta corrente mantém um pequeno excedente. A diminuição dos preços do petróleo, a depreciação do euro e a política monetária do Banco Central Europeu (BCE), são alguns dos factores externos que também contribuem para estas estimativas.

Apesar dos sinais de recuperação da economia, alerta o FMI, é preciso manter e reforçar esforços, aproveitando os factores externos favoráveis que se registam actualmente.

Reduzir o desemprego, diminuir a dívida pública e privada, e manter a confiança de investidores, credores e consumidores vai requerer "um esforço fiscal adicional e reformas estruturais", pode ler-se na nota da instituição, que recorda que apesar do aumento dos níveis de emprego, mais de cinco milhões de espanhóis, muitos dos quais jovens, continuam desempregados.

O FMI recomenda que se promova o crescimento de longo prazo e que este seja mais inclusivo. Segundo a instituição, o aumento de ordenados deve ser diferenciado de empresa para empresa, de forma a reflectir as suas circunstâncias específicas. O FMI incentiva a aposta na formação dos desempregados de longa duração e pede também um aumento da produtividade das pequenas empresas espanholas, o que se pode traduzir num maior crescimento, e no aumento de oportunidades de emprego, especialmente para a camada mais jovem da população.

A instituição apela ainda a uma contínua redução da dívida privada. Empresas e famílias diminuíram o nível de dívida, mas esta mantém-se alta.

No que concerne à consolidação orçamental, o FMI afirma que a manutenção de uma coordenada política de consolidação vai ajudar a aumentar a confiança dos investidores e reduzir a vulnerabilidade da economia a choques externos negativos. Apesar de o país ter vindo a diminuir os níveis de dívida fiscal à medida que a economia recupera, o nível de dívida pública, por seu turno, continua alta e a aumentar. 

(Notícia actualizada no dia 9 de Junho, às 14h36)

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