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Felipe VI: "Encarno uma monarquia renovada para um tempo novo"

Com a promessa de lealdade, o novo Rei de Espanha prometeu defender os interesses daqueles que estão sem trabalho e apelou à união na diversidade e à construção, em conjunto com os cidadãos, de uma “Espanha renovada”.

19 de Junho de 2014 às 11:17
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Com um discurso repleto de mensagens, o novo Rei de Espanha Felipe VI fez questão de tocar em todos, ou quase todos, os desafios que terá em mãos. Além do problema do desemprego, que prometeu ser uma "prioridade", Felipe VI sublinhou a sua "fé na unidade em Espanha" e apelou inúmeras vezes à união, nesta que é uma "monarquia renovada para um tempo novo".

 

 "Tenho fé na unidade de Espanha, da qual a Coroa é o símbolo. Unidade que não é uniformidade", proferiu o filho de Juan Carlos I esta manhã, no Congresso de Deputados, naquele que foi o seu primeiro discurso enquanto Rei de Espanha.

 

Numa mensagem dirigida especialmente à Catalunha, e aos movimentos separatistas, Felipe VI afirmou que "nesta Espanha unida e diversa, baseada na igualdade dos espanhóis, na solidariedade entre os seus povos e no respeito pela Lei, cabemos todos. Cabem todos os sentimentos e sensibilidades, cabem as distintas formas de se sentir espanhol", acrescentando que "os sentimentos, mais ainda em tempos da construção europeia, não devem nunca enfrentar, dividir ou excluir, mas sim compreender e respeitar, conviver e compartilhar".

 

"Esperamos uma Espanha solidária, em que haja pontes de entendimento" pois Espanha é

Estas são as minha convicções sobre a Coroa que, desde hoje, encarno: uma Monarquia renovada para um tempo novo
 
Felipe VI

"uma grande Nação", e uma "nação não é só a sua história, é também um projecto integrador sentido e partilhado por todos", rematou o monarca.

 

Felipe VI começou o discurso apontando uma das suas convicções. A monarquia constitucional é uma delas. "A independência da Coroa, a sua neutralidade política e a sua vocação integradora diante das diferentes opções ideológicas, permitem à Monarquia contribuir para a estabilidade do nosso sistema político, facilitar o equilíbrio com os demais órgãos constitucionais e territoriais, e ser um canal para a coesão entre os espanhóis", referiu o chefe de Estado espanhol que se confessou "emocionado" e "honrado" com o início do reinado.

 

O novo Rei dirigiu-se por mais do que uma vez, em específico, "às mulheres e homens da sua geração" e jurou lealdade, prometendo assumir a sua tarefa respeitando os princípios éticos e morais "que hoje, mais do que nunca, os cidadãos exigem com toda a razão". "Hoje, mais do que nunca, os cidadãos exigem com toda a razão que os princípios morais e éticos inspirem a nossa vida pública. E o Rei, à cabeça do Estado, tem de ser não só um referente mas também um servidor dessa justa e legítima exigência dos cidadãos". E prometeu uma coroa distinta. "Estas são as minha convicções sobre a Coroa que, desde hoje, encarno: uma Monarquia renovada para um tempo novo".

 

Felipe VI dedicou ainda parte do seu discurso a falar do problema do desemprego, nomeadamente jovem, dizendo que essa é uma "prioridade para o Estado". E para travar essa "batalha" do desemprego, Felipe VI frisou a importância de "fomentar a inovação e a iniciativa empreendedora" de forma a "assegurar a modernização de Espanha".

 

Neste que foi o seu primeiro discurso enquanto Rei de Espanha houve ainda tempo para falar da política externa. "A Europa é um dos principais projectos para o reino de Espanha, Estado e sociedade", disse o monarca, que falou também dos países da América Latina e das ligações com o mediterrâneo e os países árabes.

 

O rei lembrou o "reinado excepcional" do seu pai Juan Carlos I e destacou "a vida de trabalho" da mãe, a rainha Sofia, e a sua "dedicação e lealdade ao rei, a sua dignidade e sentido de responsabilidade".

 

 

 

 

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