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Espanha: FMI sugere aumentos no IVA e outros impostos sobre o consumo

O excessivo peso da dívida pública está a deixar a economia espanhola muito vulnerável a perturbações exteriores, diz o FMI, que pressiona para aumentos de impostos sobre o consumo e poupanças com saúde e educação.

Bruno Simão
Negócios 14 de Dezembro de 2016 às 12:46
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer que Espanha reveja as taxa mais baixas do IVA, os impostos especiais sobre o consumo e os impostos de natureza ambiental, incluindo sobre os combustíveis. Pressiona também para que se consigam poupanças nas áreas da saúde e da educação, no sentido de reduzir a despesa pública nestes sectores. O problema, escreve o jornal El Pais, são o défice e a dívida pública, cujo peso excessivo está a deixar a economia espanhola "muito vulnerável a perturbações externas".

 

Ainda segundo o periódico espanhol, que cita Andrea Schaechter, a economista do FMI encarregue de seguir a economia do país, a ideia não é mais austeridade. "O ajustamento pode ser gradual e feito com subidas de impostos", diz Schaechter. E o IVA será o exemplo mais flagrante por onde ir, já que, diz a especialista do FMI, "comparando com o resto da Europa, Espanha tem margem para mexer nas taxas reduzidas de imposto, nomeadamente sobre a restauração", que pratica actualmente uma taxa de IVA de 10%, abaixo dos 13% de Portugal.

 

Da mesma forma, e aproveitando uma altura em que a energia regista preços mais baixo, será possível aumentar os impostos especiais sobre o consumo e a taxas ambientais, argumenta igualmente Andrea Schaechter.

 

Esta terça-feira, 12 de Dezembro, foi conhecido o relatório do FMI que marca a conclusão de uma avaliação de fundo à economia espanhola e onde a instituição conclui que o país fez um bom trabalho nos últimos dois anos, mas, se quiser manter o "desempenho económico dinâmico" tem de ir mais longe e reduzir as fragilidades estruturais que ainda persistem.

 

No lado da despesa, o FMI considera que se poderá, sobretudo, melhorar a eficiência. E recomenda "uma revisão profunda dos gastos sobretudo em saúde e educação", embora não avance com pistas concretas sobre como fazer poupanças. 

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