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FMI apela a mais reformas em Espanha para sustentar “recuperação impressionante”

Para o FMI, o foco das autoridades deve centrar-se na consolidação orçamental gradual para reduzir a dívida pública e o desemprego e aumentar o baixo crescimento da produtividade.

7 - Espanha
Reuters
13 de Dezembro de 2016 às 12:52
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Espanha fez um bom trabalho nos últimos dois anos. No entanto, se quiser manter o "desempenho económico dinâmico" tem de ir mais longe e reduzir as fragilidades estruturais que ainda persistem. Quem o diz é o Fundo Monetário Internacional (FMI) num relatório publicado esta terça-feira, 13 de Dezembro, que marca a conclusão de uma avaliação do fundo à evolução da economia do país vizinho.

O FMI destaca que Espanha "continuou a sua impressionante recuperação e forte criação de emprego", impulsionadas não só pelas reformas empreendidas e pela flexibilização da política orçamental, mas também pelos estímulos sem precedentes do Banco Central Europeu (BCE).

"Preservar o que foi alcançado com as reformas é, portanto, de extrema importância, mas Espanha precisa ir mais longe se quiser sustentar o desempenho económico dinâmico", sustenta o FMI. Assim, sublinha, "é crítico reduzir as vulnerabilidades e fragilidades estruturais remanescentes".

Para o Fundo Monetário Internacional, o foco das autoridades deve centrar-se na consolidação orçamental gradual para colocar "a elevada dívida pública numa trajectória descendente", reduzir o desemprego e aumentar o baixo crescimento da produtividade das pequenas e médias empresas espanholas.

Isto porque, nota a instituição liderada por Christine Lagarde, "apesar dos progressos consideráveis", o ajustamento continua "incompleto" e há deficiências estruturais que persistem.

"Em particular, o desemprego, sobretudo o desemprego de longa duração, e o desemprego jovem, que continua a ser muito elevado. Ao mesmo tempo, a elevada dívida pública, a grande dívida em algumas partes do sector privado e a grande posição líquida negativa de investimento internacional continuam a deixar a economia vulnerável a choques", concretiza o relatório.

O relatório do FMI surge numa altura em que o Governo de Mariano Rajoy tenta garantir a aprovação do orçamento para o próximo ano.

Tal como aconteceu com Portugal, também Espanha esteve sob a ameaça de sanções da Comissão Europeia por escassez de medidas de controlo dos défices excessivos em 2014 e 2015. O Governo tem o objectivo de reduzir o défice de 4,6% este ano para 3,1% em 2017 e a dívida de 99,4% do PIB em 2016 para 99% no próximo ano. Para os anos seguintes, as metas são mais ambiciosas: o Executivo espera reduzir a dívida para 97,7% do PIB em 2018 e 95,4% em 2019.

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