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Durão Barroso: "Países [na UE] que assumiram medidas orçamentais mais duras são os que estão melhor"
José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, não se pronuncia demasiado sobre a questão da Catalunha, já que a "prudência é a melhor virtude de um político", declarou ao Cinco Días.
Negócios
29 de Outubro de 2017 às 19:09
Sem se alongar em declarações sobre a Catalunha, José Manuel Durão Barroso disse ao Cinco Días esperar "muito sinceramente que Espanha e Catalunha encontrem uma solução dentro do quadro constitucional e democrático".
Pouco mais disse, já que para o ex-presidente da Comissão Europeia "estamos a viver um momento muito delicado e por isso a prudência manda que fique à margem" e "não me devo pronunciar sobre a questão catalã, porque as vozes que vêm de fora, ainda que com boas intenções, não são muito úteis".
Acaba por falar da recuperação económica da Europa, dizendo que a crise existencial do euro foi ultrapassada e que a crise económica "como a conhecemos" ficou já para trás.
Mas há ainda trabalho a fazer para consolidar a União Europeia e Monetária. "Por exemplo, sou partidário da aplicação de um sistema comum de garantia de depósitos, que ainda não existe. Também se deveria reforçar o sistema bancário europeu para que se converta num corta-fogo do fundo de resolução. É preciso, apesar da resistência de alguns países, reforçar a zona euro. Como por exemplo com eurobonds".
Na mesma entrevista Durão Barroso defende a sua posição, dizendo acreditar que "os países que assumiram medidas orçamentais mais duras são os que estão melhor, o que demonstra que tínhamos razão". Agora, até a Grécia está a melhorar, diz. Ainda assim admite que as políticas de austeridades estão relacionadas com o surgimento dos nacionalismos e populismos. "Tiveram um custo social muito alto, mas nesse momento a alternativa seria a insolvência dos países".
E diz que, para si, o principal desafio da Europa é o da imigração ilegal. "Devemos ser generosos por uma questão moral com os refugiados, mas devemos ser muito firmes na protecção das fronteiras externas. Não podemos tolerar níveis de imigração ilegal como as que existem e se continuar veremos um aumento da xenofobia e racismo".
Pouco mais disse, já que para o ex-presidente da Comissão Europeia "estamos a viver um momento muito delicado e por isso a prudência manda que fique à margem" e "não me devo pronunciar sobre a questão catalã, porque as vozes que vêm de fora, ainda que com boas intenções, não são muito úteis".
Mas há ainda trabalho a fazer para consolidar a União Europeia e Monetária. "Por exemplo, sou partidário da aplicação de um sistema comum de garantia de depósitos, que ainda não existe. Também se deveria reforçar o sistema bancário europeu para que se converta num corta-fogo do fundo de resolução. É preciso, apesar da resistência de alguns países, reforçar a zona euro. Como por exemplo com eurobonds".
Na mesma entrevista Durão Barroso defende a sua posição, dizendo acreditar que "os países que assumiram medidas orçamentais mais duras são os que estão melhor, o que demonstra que tínhamos razão". Agora, até a Grécia está a melhorar, diz. Ainda assim admite que as políticas de austeridades estão relacionadas com o surgimento dos nacionalismos e populismos. "Tiveram um custo social muito alto, mas nesse momento a alternativa seria a insolvência dos países".
E diz que, para si, o principal desafio da Europa é o da imigração ilegal. "Devemos ser generosos por uma questão moral com os refugiados, mas devemos ser muito firmes na protecção das fronteiras externas. Não podemos tolerar níveis de imigração ilegal como as que existem e se continuar veremos um aumento da xenofobia e racismo".