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Crise afeta gastos com lazer e cultura. Portugal está na cauda da UE

Os portugueses são dos europeus que menos gastam em lazer e cultura. A crise veio agravar essa diferença.

João Miguel Rodrigues/Correio de Manhã
11 de Janeiro de 2019 às 10:05
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Em Portugal, as famílias gastam 6,3% do seu orçamento em atividades de lazer e cultura, abaixo dos 8,5% que, em média, os europeus gastam. Os dinamarqueses são os que gastam mais (11,5%) e os gregos menos (4,6%), de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, 11 de janeiro, pelo Eurostat. A crise afetou este tipo de despesas em quase todos os países da União Europeia. 

Em média, em 2017 - o ano a que se referem os dados -, cada português gastou 800 euros em lazer e cultura. Em média, um cidadão da União Europeia gasta 1.400 euros, quase o dobro. Os dinamarqueses gastam 2.700 euros. 

Nos últimos dez anos a maior parte dos países da União Europeia registou uma queda nestes gastos, o que repercutiu na média. Os gastos dos cidadãos europeus passaram de representar 9,1% para corresponder em 2017 a 8,5% do orçamento familiar. 

Face a 2007, a percentagem do orçamento familiar que os portugueses dedicam ao lazer e à cultura diminuiu 0,9 pontos percentuais de 7,2% para 6,3%. Em percentagem do PIB, a queda foi de 4,7% para 4,3%. 

A maior queda foi registada pelos finlandeses que passaram a dedicar 10,5% do seu orçamento familiar ao lazer e à cultura, quando em 2007 dedicavam 12,3%. Nesse ano eram os que mais gastavam em termos relativos. Acima dos 10% encontram-se também os suecos, os holandeses, os austríacos e os eslovacos. 

A escapar às quedas estiveram os países menos desenvolvidos da União Europeia. A Eslováquia, Lituânia, Romédia, Polónia, Letónia e Bulgária foram os únicos Estados-membros onde a percentagem do orçamento dedicada ao lazer e à cultura aumentou.
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