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Costa defende que uma regulação "forte como na energia" evitaria preços tão elevados dos alimentos

O primeiro-ministro lamentou os passos "tímidos" dados pela Comissão Europeia para o mercado energético dos 27, insistindo na solução ibérica para travar os preços da eletricidade e gás.

15 de Março de 2023 às 14:15
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O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira um quadro regulatório mais forte noutros setores da economia, semelhante ao que acontece no mercado energético, para travar a subida de preços, como acontece nos produtos alimentares.

"Se em relação aos outros setores tivesse havido a possibilidade de termos um quadro regulatório tão forte como o da energia seguramente a inflação hoje estaria mais controlada do que aquilo que está", afirmou António Costa no final da XXXIV cimeira luso-espanhola, que decorreu em Lanzarote, nas Canárias.

O primeiro-ministro respondia a uma pergunta de um jornalista espanhol, que questionou os chefes de Governo dos dois países sobre o facto de as margens de lucro dos retalhistas estarem a alimentar a inflação, agora que os produtos energéticos já estão em franco abrandamento.

"Há outras causas que estão a alimentar a inflação", afirmou o primeiro-ministro, referindo que agora os preços da energia já estão mais controlados. Mas aproveitou também para criticar o novo pacote da Comissão Europeia para o mercado energético apresentado na véspera.

"Lamento que a proposta que a Comissão apresentou seja uma proposta muito tímida", começou por sublinhar o primeiro-ministro, reconhecendo que "tem alguns passos positivos, mas fica muito aquém do que é necessário".

António Costa insistiu na solução ibérica para o mercado do gás e eletricidade. "O que é necessário é o que Espanha e Portugal têm vindo a defender desde março do ano passado, que é, de uma vez por todas, separar o mercado da eletricidade do mercado do gás e acabar com a regra marginalista de fixar o preço da eletricidade pelo preço mais elevado da sua fonte de produção e podermos ter a fixação do preço de eletricidade do custo efetivo do que é a sua forma de produção", afirmou.

A Comissão Europeia apresentou formalmente a sua proposta de reforma do mercado elétrico europeu, que prevê que os consumidores possam ter contratos de fornecimento de energia com preços fixos, vários contadores em casa e diferentes fornecedores e tarifários de energia ao mesmo tempo.

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