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Conservadores alemães preferem delfim de Merkel para liderar CDU

Uma sondagem da emissora ZDF mostra que 35% dos apoiantes do bloco conservador germânico preferem que seja a actual secretária-geral da CDU e protegida de Merkel a suceder à chanceler na liderança dos democratas-cristãos. Porém, espera-se uma corrida renhida já que o candidato-surpresa Merz recolhe 33% das intenções de voto.

EPA
09 de Novembro de 2018 às 16:20
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A preferência dos conservadores alemães para a liderança da CDU (centro-direita) parece recair sobre a protegida de Angela Merkel, mas por muito pouco.

Segundo a sondagem da emissora ZDF divulgada esta sexta-feira, 9 de Novembro, a actual secretária-geral dos democratas-cristãos e mais recente delfim de Merkel, Annegret Kramp-Karrenbauer, recolhe o apoio de 35% dos apoiantes do bloco conservador alemão (que inclui a CSU, o partido-irmão bávaro da CDU), e é seguida de muito perto por Friedrich Merz (33%).

Note-se que Merz afastou-se há vários anos da política activa para se dedicar aos negócios na sequência de um embate com Merkel do qual saiu perdedor, daí que a candidatura à liderança da CDU tenha surgido de forma surpreendente por se tratar de alguém há muito afastado das lides políticas.

Aparentemente afastado da possibilidade de vitória no congresso conservador que tem lugar já em Dezembro está o actual ministro alemão da Saúde, Jens Spahn (7%), que é um dos principais críticos da liderança da chanceler.

Em causa está a sucessão de Merkel na liderança da CDU mas não na chefia do governo, já que os três candidatos garantem que continuarão a apoiar a permanência da ainda líder democrata-cristã como chanceler. Por sua vez, quando no final do mês passado anunciou que não se recandidataria à liderança do partido, Angela Merkel afiançou que pretende cumprir os três anos que restam do mandato.

O vencedor deverá ser o cabeça-de-lista da CDU nas próximas eleições federais, previstas para 2021.

Além de ser alguém próxima de Merkel, Annegret Kramp-Karrenbauer é também, dos três candidatos, quem garante uma linha de continuidade política em relação à chanceler. Já os outros dois candidatos situam-se à direita de Merkel, com posições mais conservadoras em relação à União Europeia e ortodoxas em termos financeiros.

A mesma sondagem refere ainda que 63% dos inquiridos esperam que Merkel termine o actual mandato como chanceler e 34% preferem que a líder conservadora deixe a chefia do governo.

Após novo mau resultado eleitoral no estado de Hesse, que se seguiu à perda de maioria pela CSU na Baviera, Angela Merkel anunciou a não recandidatura à liderança da CDU no conclave conservador do próximo mês. A entrada em força da extrema-direita (AfD, Alternativa para a Alemanha) no Bundestag nas eleições federais de 2017, acompanhada da erosão do centro do espectro partidário germânico (CDU e SPD), deixaram a chanceler na posição de maior fragilidade em 13 anos como chanceler. 

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