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Centeno anuncia que Eurogrupo está "muito perto de acordo"
O ministro das Finanças anunciou a novidade no twitter. A reunião do Eurogrupo deve arrancar pelas 17:00.
Mário Centeno anunciou no Twitter que os ministros das Finanças da União Europeia estão "muito perto de um acordo" sobre o pacote de medidas que vão ser implementadas no âmbito da resposta comunitária aos efeitos que a pandemia do novo coronavírus está a causar na economia europeia.
"Estamos muito perto de um acordo. Confio – e ainda confio – que desta vez vamos todos atingir o objetivo. E mostrar o necessário espírito de compromisso, que é base da nossa União", escreveu o ministro das Finanças português, que lidera o Eurogrupo.
We are very close to an agreement. I trust - I still trust - that this time we will ALL rise to the occasion. And show the necessary spirit of compromise, which is the bedrock of our Union #Eurogroup #COVID?19 pic.twitter.com/C6TVYSbIET
— Mário Centeno (@mariofcenteno) April 9, 2020
Segundo o porta-voz do Eurogrupo, Luís Rego, a reunião do Eurogrupo deverá arrancar pelas 18:00 de Bruxelas (17:00 em Lisboa). O encontro começa assim com duas horas de atraso face à hora inicialmente prevista.
The #Eurogroup is now set to start at 18h, Brussels time. Contacts ongoing.
— LuisRego (@ljrego) April 9, 2020
Este potencial acordo surge depois de 16 horas de maratona negocial na terça-feira não terem sido suficientes para alcançar o consenso necessário. Ficou marcado um novo "round" para esta quinta-feira, uma vez mais no formato alargado ao conjunto dos responsáveis pelas Finanças dos 27, e agora o resultado poderá ser diferente.
O bloqueio foi gerado pelo braço de ferro entre a Holanda e Itália, mas foi Haia a inviabilizar um acordo ao rejeitar a possibilidade de acesso a uma linha de crédito caucionada do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) com leves condicionalismos (políticas de consolidação orçamental).
No entanto, é já praticamente certo que este fundo de resgate do euro será um dos instrumentos a utilizar pela UE enquanto resposta às consequências económicas provocadas pela crise sanitária em curso. O problema passa, nesta fase, por acordar as condicionalidades que os países terão de cumprir para recorrerem a este financiamento.
Os trabalhos ao nível técnico prosseguiram na quarta e já esta quinta-feira, centrados na tentativa de reduzir ao máximo as condições requeridas para aceder àquela linha de crédito que é capaz de providenciar até 2% do PIB de cada país. Objetivo do Eurogrupo passa ainda por conciliar essa premissa com a garantia de que os Estados-membros que recorram a esta linha cumprem depois medidas de consolidação orçamental como exigido pelo bloco de países do Norte liderado pela Holanda.
(notícia atualizada)