O instituto de previsões económicas de médio e longo prazo CEBR (Centre for Economics and Business Research) prevê que o Reino Unido será a estrela em ascensão da Europa. O Reino de Isabel II tem uma demografia, regime fiscal e fluxo migratório mais favoráveis que os dos parceiros europeus, diz.

O “think-thank” independente britânico prevê que o país que rejeitou a entrada para a moeda única vai superar França, em termos de dimensão do produto interno bruto (PIB), em 2018, e superar a economia alemã em 2030, segundo as conclusões do estudo World Economic League Table, enunciadas no comunicado de imprensa publica no site do CEBR.

Assim, o Reino Unido verá a sua economia ascender à quinta posição entre as maiores do mundo em 2018. Porém, voltará a cair em 2023 ao ser ultrapassada pelo PIB do Brasil, que também excede o da Alemanha, no mesmo ano. Numa nota humorística, o relatório refere que, em 2014, ano de Mundial de Futebol no Brasil, o Reino Unido “ainda” vai ser melhor que a potência da América Latina “em alguma coisa”, por ter uma economia maior.

Em 2028, será a Índia a superar a Grã-Bretanha relegando-a para sétimo lugar no ranking económico. Contudo, as previsões do CEBR apontam para que o país volte a subir um lugar, para sexto, em 2030, ao ultrapassar a dimensão do PIB da Alemanha.

“Uma demografia favorável, a continuação de imigração e uma muito menor exposição aos problemas da Zona Euro (…) combinam-se com impostos relativamente mais baixos para encorajar um crescimento mais rápido do que na maior parte das economias ocidentais”, lê-se no relatório citado pela Bloomberg.

Também em 2028, o PIB da Índia supera o do Japão consagrando a

economia do país da Commonwealth como a terceira maior do mundo. No mesmo ano, a China irá ultrapassar os Estados Unidos da América (EUA).

O CEBR adiou a data em que prevê que a China passe a deter a maior economia do mundo para incorporar nas suas previsões o actual ritmo de crescimento norte-americano, numa altura em que o país a Sul do Canadá está a liderar o ritmo de crescimento entre as economias desenvolvidas.

Reino Unido estaria melhor fora da União Europeia

A economia britânica vai registar o segundo melhor desempenho entre as do Ocidente, segundo as previsões do CEBR, que acredita que o desempenho está relacionado, em parte, com a menor exposição ao mercado da moeda única europeia.

O presidente executivo do CEBR acredita que o Reino Unido estaria melhor, no longo prazo, se saísse da União Europeia, ainda que a saída da comunidade fosse “muito dolorosa” no curto prazo. Note-se que o primeiro-ministro David Cameron protemeu que irá levar a manutenção da presença na UE a referendo popular em 2017, caso o Partido Conservador ganhe a reeleição, em 2015.

“O meu instinto é de que no curto prazo, o impacto da saída da UE seria, sem dúvida, negativo”, referiu Douglas McWilliams, que lidera o “think-thank”. “A minha suspeita é de que, num período de 15 anos, [a saída] seria, provavelmente, positiva”, asseverou.