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Carlos Puigdemont regressa à Bélgica e continua campanha pela independência da Catalunha

O ex-presidente da Catalunha, Carlos Puigdemont, vai regressar a Bruxelas depois de ter visto levantado o mandato de detenção pelo Supremo Tribunal espanhol que levara à sua prisão na Alemanha. E já avisou que vai continuar a campanha pela independência da região.

25 de Julho de 2018 às 11:55
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Puigdemont, que enfrenta em Espanha uma acusação pelo crime de rebelião, afirmou esta quarta-feira que vai regressar à Bélgica e aí continuar o trabalho que tem vindo a desenvolver em prol da independência da Catalunha. Puigdemont, recorde-se, viu na semana passada cancelado o mandato europeu de detenção que pendia sobre si e o impedia de sair da Alemanha, onde fora detido numa estação de serviço quando regressava de uma conferência em que participou na Finlândia.

 

O supremo Tribunal Espanhol optou por levantar o mandato depois de um tribunal alemão ter decidido extraditar o ex-líder catalão, mas apenas para ser julgado por um alegado crime de peculato e não por rebelião, como pretendem os tribunais espanhóis. O cancelamento do mandato significou de novo a liberdade para Carlos Puigdemont, mas com o impedimento de regressar a Espanha, onde seria imediatamente detido e, aí sim, levado a tribunal com a acusação de rebelião, crime susceptível de pena máxima de 30 anos de prisão.

 

Puigdemont já anunciou que regressa a Bruxelas com a sua família no próximo sábado. Numa conferência de imprensa em Berlim, sublinhou, citado pela Reuters, que "todos sabem que este deixou de ser apenas um caso de política interna de Espanha" e que a campanha pela independência da Catalunha, pela qual continuará a bater-se, tem já uma dimensão europeia.

 

O levantamento do mandato pelo Supremo espanhol reflecte isso mesmo e espelha as "dificuldades que o país tem tido em convencer os seus parceiros da UE a cooperar com suas tentativas de levar antigos membros do governo regional da Catalunha a julgamento por causa da campanha independentista", escreve a Reuters.

 

Além de Puigdemont, outros independentistas, também membros do seu antigo governo, viram levantados os mandatos que sobre si recaíam. São eles Toni Comín, Lluís Puig e Meritxell Serret, exilados na Bélgica, e Clara Ponsati, que vive na Escócia.

 

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